A Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado de Minas Gerais - Caprileite/ACCOMIG, é uma sociedade civil, fundada em 15/12/1974, sem fins lucrativos, com sede na cidade de Belo Horizonte. Cabe à Caprileite/ACCOMIG executar no Estado de Minas Gerais, o Serviço de Registro Genealógico das Raças Caprinas (SRGC) por subdelegação da Associação Brasileira de Criadores de Caprinos (ABCC/Recife/PE), e o Serviço de Registro Genealógico das Raças Ovinas (SRGO) por subdelegação da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO/Bagé/RS).
A Caprileite/ACCOMIG busca:
1) Viabilização econômica da atividade;
2) Promoção e divulgação dos produtos de origem ovina e caprina junto aos potenciais consumidores e mercado em geral;
3) Estimulo ao cooperativismo como forma de alcançar volumes e qualidade adequados;
4) Disponibilização de informação técnica para criadores e técnicos extensionistas;
5) Informação e capacitação de criadores;
6) Atuar como facilitadora de processos conjuntos que viabilizem a compra de insumos com menor custo;
7) Orientação no acesso ao crédito;
8) Participação ativa na Comissão Técnica de Caprinos e Ovinos da FAEMG e na Câmara Técnica de Ovinocaprinocultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (CEPA) da Secretaria da Agricultura (SEAPA-MG);
9) Promover a comunicação entre componentes da cadeia produtiva de caprinos e ovinos com harmonização das ações de maneira sincrônica e, representar os interesses dos criadores de caprinos e ovinos de MG, em prol do sucesso econômico de sua criação, tradicional (cunho social e subsistência) ou tecnificada (agronegócio).
Entrevista
A entrevistada deste Especial Associações é Aurora Maria Guimarães Gouveia, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Caprileite/ACCOMIG, que falou sobre os objetivos e dificuldades encontradas hoje pela associação e sobre a nova legislação que possibilita, aos pequenos e médios produtores mineiros, habilitarem-se como fornecedores de leite de cabra em estabelecimentos comerciais e em programas governamentais.
Pequenos e médios produtores não conseguiam cumprir as exigências da lei federal e comercializavam o seu produto de maneira informal. Com a legislação estadual, eles agora podem se habilitar junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para produzir e comercializar esse leite com o selo de inspeção estadual. Inverte-se desse modo o quadro de desabastecimento verificado em Minas Gerais. Leia mais sobre a PORTARIA nº 1059 de 27/04/2010.
A entrevista foi realizada no 1º Congresso Internacional de Produção Pecuária, organizado pela ABEXPO (Associação Baiana dos Expositores), ACCOBA (Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos da Bahia) e o Sistema FAEB/SENAR e o SEBRAE, no Bahia Othon Palace, nos dias 23 a 25 de agosto de 2010, em Salvador/BA.
Confira o vídeo e os destaques da entrevistas!
FarmPoint - Fale sobre a nova legislação que beneficiará o leite caprino em Minas Gerais e o que essa legislação vai propiciar aos produtores
Aurora - "Nós temos duas legislações. Uma delas é a portaria 1059 que já foi assinada no dia 27 de abril deste ano que regulamenta a pasteurização lenta para o leite de cabra. Isso faz com o que o produtor possa produzir esse leite com um sistema de pasteurização que não é previsto na normativa da inspeção federal. A segunda é uma lei estadual, que hoje é um projeto de lei, e a gente espera que seja publicada ainda esse ano, nesse caso ela é, para o leite de cabra e de ovelha e é voltada tanto para o processamento do leite como dos seus derivados. O que muda para os produtores basicamente é a questão do processo de pasteurização. O equipamento de pasteurização é base leite de vaca, o menor equipamento faz 500 litros/leite/hora e o custo está compatível com um volume maior. Um produtor que produz até 100 litros de leite/dia não consegue financiar economicamente esse equipamento. Esse é o grande salto"!
FarmPoint - Quais os principais objetivos da ACCOMIG hoje?
Aurora - "A associação até março deste ano, tinha apenas um tipo de associado, que são os associados que se dedicam aos núcleos de genética. Com a mudança de estatuto, hoje nós temos quatro tipos de associados: o grupo que se dedica aos núcleos de genética e que fazem o uso do serviço genealógico ovino e caprino, o grupo de criadores que pagam anuidade menor (rebanhos comerciais), um terceiro grupo que paga anuidade menor ainda pois trabalham com agricultura de base familiar (anuidade de R$ 30,00/ano) e não utilizam o serviço de registro mas têm acesso ao serviço de informações e nós sabemos aonde eles estão e por último, temos o grupo de aspirantes, que ainda não criam nada, são isentos de anuidade e quando esses produtores começarem a criar, eles vão se encaixar no grupo que quiserem".
FarmPoint - Quais as principais dificuldades encontradas hoje pela associação?
Aurora - "Temos encontrado dificuldades com as associações nacionais e isso, é uma reclamação de todas as associações estaduais, pois existe um claro objetivo, se não é um objetivo é uma consequência, de enfraquecer as associações estaduais. Então, cada uma está tendo que criar mecanismos diferentes para a geração de renda. A Bahia por exemplo tem o ranking, na ACCOMIG nós temos convênios junto ao Ministério, temos controle leiteiro, e temos buscado também parceiros comerciais".
Você participa ou conhece algum núcleo ou associação de ovinos e caprinos? Participe do Especial Associações entrando em contato pelo box abaixo:
Equipe FarmPoint
Gláucio José Araujo Vaz
Recife - Pernambuco - Produção de leite
postado em 03/09/2010
Muito bem, parabéns ao estado de Minas Gerais que consolida sua produção de leite para o pequeno e médio produtor e mobilizar os criadores em várias categorias de sócios. Parabéns Prof.Aurora e Dra. Maria Pia. Abraço. Gláucio Vaz