Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Você está em: Cadeia Produtiva > Espaço Aberto

Aumentar o rebanho rumo a autosuficiência

Por paulo afonso schwab
postado em 14/01/2008

1 comentário
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

A ovinocultura brasileira passa por um momento que pode ser considerado no mínimo, anacrônico. Apesar de possuirmos um rebanho de mais de 20 milhões de cabeças - volume que até é pequeno para as nossas potencialidades - estamos sendo um bom cliente de outros países, na medida em que somos importador de carne (mais de 50% do consumo interno), pele, lã e derivados, justamente para suprir nossas necessidades. Por diversas vezes através de ações isoladas, já demonstramos capacidade para alterar esta situação, via programas de produção de ovinos. Mas, na maioria das vezes, estes projetos se findam no meio do caminho, salvo raras exceções.

Precisamos e podemos alterar este cenário. Precisamos ser donos de nosso próprio mercado e atingirmos o estágio de exportadores destes produtos, assim como o frango, o suíno e o boi conseguiram fazer. Isto se faz com o aumento do rebanho, com a implantação e execução de programas de incentivo à ovinocultura, com a organização de toda a cadeia produtiva e com um intenso trabalho de melhoramento genético de todo o nosso rebanho. Um melhoramento que deve atingir a todos os níveis, desde os animais PO até os que não possuam registro. E isto se faz urgente!

Desde sua criação, a ARCO tem se pautado por trabalhar na assistência técnica e, de certa forma, na extensão rural do setor, buscando auxiliar os produtores no trabalho de seleção genética e aprimoramento do rebanho. Com o seu fortalecimento como uma entidade que é sinônimo de um "cartório de registros", agora cada vez mais em nível nacional, ganhamos ainda mais a responsabilidade de direcionar a ovinocultura para a posição de destaque que ela sempre mereceu ter.


E começamos este caminho fazendo o tema de casa. Buscamos estruturar a parte administrativa, treinando todo o pessoal para a melhoria no atendimento às necessidades do nosso associado. Já há algum tempo estamos trabalhando no aperfeiçoamento do Banco de Dados e de toda a parte de informática, para permitir que tanto os inspetores técnicos quanto o associado façam suas comunicações de forma fácil e de qualquer parte do país.

Na parte de "políticas externas" estamos buscando apoiar a fundação de associações estaduais de criadores, que ajudam na organização da atividade em nível regional. Com isto também fortalecemos ainda mais a presença da ARCO como entidade nacional da ovinocultura. E, para assinalarmos cada vez mais este aspecto, estamos atuando de forma incisiva, nas várias Câmaras Setoriais da Ovinocultura, tanto as estaduais quanto a nacional.


Por fim, e não menos importante, realizamos o Iº Encontro Nacional de Inspetores Técnicos da nossa entidade, evento que reuniu profissionais de todo o Brasil, pela primeira vez. Com tudo isto reafirmamos que estamos trabalhando para que a ARCO seja, cada vez mais, a entidade que trabalha pela ovinocultura em todos os âmbitos, desde o campo até as questões políticas e de regulação da atividade. Buscando elevar o agronegócio ovinos a uma condição de relevância econômica e política, semelhante a que a bovinocultura de corte, por exemplo, tem hoje. E isto conseguiremos, com certeza.

Saiba mais sobre o autor desse conteúdo

paulo afonso schwab    Cachoeira do Sul - Rio Grande do Sul

Produção de ovinos

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

KiLOViVO - Ovinocultura de precisão - (65)99784004

Tangará da Serra - Mato Grosso - Técnico
postado em 14/01/2008

Prezados Colaboradores da ARCO e Ovinocultores convictos pela solidificação de um AGRONEGÓCIO de expressão internacional:
Convido a todos para que seja quebrado um grande PARADIGMA.
Não basta existirem:
- Estabelecimentos rurais com rebanhos mais numerosos ou menos numerosos.
- Índices zootécnicos satisfatórios com o domínio dos manejos.
- Atividade em expansão e potencial de consumo de carne ovina.
- Predisposição de Instituições de Pesquisa e Ensino Técnico em buscar mais conhecimentos científicos.
- Produtores e fornecedores de insumos integrados aos processos produtivos.
- Agentes financeiros dispostos a atender clientes de perfil interessante.
- Ação Governamental com políticas fomentadoras.
- Disponibilidade de indústrias de transformação do cordeiro em produtos aptos para o consumo.
Freqüentemente encontramos pronunciamentos que afirmam serem os itens acima alguns dos elos componentes da CADEIA PRODUTIVA da Ovinocultura. Certamente hão de estar faltando alguns, mas muito poucos e oportunos aos perfis sócio-econômico-ambientais que caracterizam as regiões produtoras e/ou consumidoras.
Sob o nosso enfoque, existem ELOS mas não existe uma CADEIA, pois aqueles estão SOLTOS, SOZINHOS, APARTADOS, SEPARADOS, de TAMANHOS, FORMAS e MATERIAIS diferentes. Analisando, por exemplo, a bovinocultura de corte, o sonho de organizar a sua cadeia produtiva certamente nunca se realizará, pois assumir a condição de elo de uma cadeia, que significa estar atrelado para frente e para trás, demanda uma sensação de risco difícil de ser vencida. Portanto, reconhecer a necessidade de "organizar a Cadeia Produtiva da Ovinocultura" é fácil, elegante e diplomático (para não dizer político), mas comprometer-se em integrar o processo, assumindo a condição de um dos elos, é para quem está predisposto a heroísmos e, por conseqüência, a contrariar as regras que garantem a sobrevivência empresarial.
Talvez, então, seja o caso de afirmarmos que a designação oportuna não seja "cadeia produtiva" e sim "ORQUESTRA PRODUTIVA", onde existem INSTRUMENTOS, MÚSICOS, MAESTRO, BATUTA, PLATÉIA e uma MÚSICA para ser tocada. Nesta figura, intuitivamente prática e objetiva, a participação como músico, por exemplo, exige talento, competência e profissionalismo, mas não é necessário e nem precisa ser exigido que ele "toque", apenas, em uma "orquestra".
Certamente, sob o enfoque abrangente da nova expressão, os nossos consciente e subconsciente estarão mais protegidos de ILUSÕES, ACOMODAÇÕES, ENGESSAMENTOS, INDIVIDUALISMOS, EGOÍSMOS, GANÂNCIAS, RECEIOS, DÚVIDAS, FALTAS DE VISÃO, etc..
É assim que enxergamos uma atividade com potencial de tornar-se um GIGANTESCO Agronegócio em nosso país, desde que haja o reconhecimento da necessidade de uma BATUTA que seja conduzida por ovinocultores profissionais - coletiva e empresarialmente organizados - diante dos aplausos de "PLATÉIAS" sempre numerosas e satisfeitas.

Resposta do autor:
Bagé, 21 de janeiro de 2008.
Prezado Sr Giorgi.

Queremos saudá-lo e agradecer pelas ponderações que fizestes em relação ao artigo que foi publicado no portal Farmpoint em 15/01/08. Consideramos que suas colocações foram muito oportunas e com elas concordamos em grande parte. Realmente falta construir e unir os elos da ovinocultura para que ela se torne verdadeiramente uma cadeia produtiva. E que para chegarmos a este ponto, muitos que podem compor esta "orquestra", precisam se libertar dos pensamentos e ações personalistas e egocêntricas, para realmente encampar a idéia do "bem comum a todos".

Por achar que sua opinião espelha um tanto da realidade atual da ovinocultura é que expressamos, em nosso artigo, a vontade de concretizar mudanças, aproveitando que um novo vento sopra sobre esta importante atividade da pecuária. Por isto lutamos contra os engessamentos e estamos buscando, em várias frentes, mudanças concretas para o setor. Isto se vê quando incentivamos a formação de novas associações de criadores por todo o Brasil, quando participamos das discussões políticas na Câmara de Deputados, através da Câmara Setorial, quando treinamos nossos inspetores técnicos para melhor atuarem no campo e quando buscamos a cada dia, aperfeiçoar o atendimento aos nossos associados e aos criadores de ovinos em todo o país. São, em verdade, muitas frentes para atuarmos, mas quando assumimos a presidência da ARCO, sabíamos dos desafios que tínhamos e estamos, gradativamente, enfrentado a todos.

Temos o sonho de ver a ovinocultura organizada em todos os sentidos, para que ao final possamos dizer que conseguimos construir uma verdadeira cadeia produtiva. A sua carta nos instiga a levar este debate às mais diversas regiões do Brasil, a fim de ver que os criadores de ovinos estão querendo e sentido para, ao final, sairmos realizando os desejos dos nossos "clientes". Somos uma entidade de nível nacional, que precisa e deve responder aos anseios da sua "categoria". Sabemos que a formação dos elos e a união deles em um grande "cordão", é o objetivo a ser alcançado. E faremos tudo que for ao nosso alcance, para conquistá-lo.

Por fim, caro Giorgi, queremos nos colocar a disposição para que a qualquer momento, entre em contato direto conosco, a fim de trocarmos mais informações e termos mais destes debates tão importante e proveitosos. Podemos ver que você é um apaixonado pela ovinocultura e é de pessoas como você que precisamos mais. Deixo aqui meu forte abraço.
Siceras saudações,
Paulo A. Schwab
Presidente da Arco.
Bagé - RS.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade