Recentemente este cenário mudou. O consumidor reconheceu a carne de cordeiro devido a divulgação e a promoção da mesma através das associações de criadores.
Neste momento destaco o trabalho realizado pela Associação Paulista de Criadores de Ovinos - ASPACO e os seus núcleos regionais para a estruturação da produção de cordeiros.
Hoje, o consumidor esta diferente, ele quer qualidade, quer saber a origem da carne, como os animais foram criados até o abate e os cortes especiais disponíveis, causando então o atual e grande problema para os frigoríficos:a falta de animais padronizados em escala para o abate.
Uma indústria frigorífica, seja de pequeno ou grande porte, tem dificuldade em conseguir a quantidade de animais que atenda a demanda do mercado consumidor. As grandes indústrias resolvem este problema importando carne congelada de cordeiros. Imaginem como ficam os pequenos frigoríficos? Entretanto nosso consumidor de "cordeiro" tem preferência pela carne resfriada, e esta pode ser produzida pelos nossos ovinocultores.
Como resolver este problema e enfrentar esta dificuldade?
Os frigoríficos enxergam os ovinocultores como se fossem os pecuaristas e aplicam as mesmas regras de mercado, mas a cadeia produtiva da ovinocultura não está organizada como a da pecuária de corte, necessitando um tratamento diferenciado adotando outra estratégia.
É necessário uma maior integração entre indústria e ovinocultores. O trabalho da Áries Prime é justamente o de organizar a cadeia produtiva através de um sistema de integração com os ovinocultores.
Esse trabalho visa orientar os ovinocultores para a produção de cordeiros em escala, administrando e reduzindo os custos de produção através de metas de qualidade e controle do rebanho, para que dessa forma consigam a desejada padronização das carcaças.
Não devemos esquecer de que o ovinocultor é um parceiro e deve receber bonificações e uma remuneração justa sobre o rendimento de carcaça , pagando o custo de produção e dando lucro, evitando que ele mude de atividade.
Na cadeira produtiva da ovinocultura temos a preocupação de fortalecer todos os elos para que a cadeia se mantenha sustentável.
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Maurício Prestes Bragagnollo
Dom Pedrito - Rio Grande do Sul - Estudante
postado em 12/12/2009
Márcio, parabéns pelo artigo que em poucas palavras mostrou o que está acontecendo com nossa ovinocultura/frigorífico, ou seja, o produtor quer vender e o frigorífico quer comprar mas a maioria dos prudutores não pensa ainda em ter de duas a três escalas de cordeiros para o abate. É preciso que as empresas frigoríficas auxiliem ainda mais o produtor não só na parte de compra mas sim pelo reconhecimento de seu produto. No Rio Grande do Sul não é diferente escalas são extintas e o que era para produzirmos e comercializarmos vem do país vizinho, sou filho de produtor e sei o quanto é difícil competir pelo mercado sendo que o Uruguai chega a vender peças como "paleta e quarto" a sete reais, mas tudo isso por não termos escalas de produção e ai está um ponto positivo pois já está na hora de mudarmos ou intensificarmos nossos sistemas de prudução!!!
Mais uma vez parabéns pelo excelente trabalho