No oeste do estado, a suinocultura e avicultura são responsáveis pela instalação de grandes frigoríficos geradores de emprego e renda. O estado é responsável por 30% da produção nacional de frutas, é o maior produtor nacional de cebola e o segundo maior produtor de maçã. Possui ainda como destaque na agropecuária a produção de fumo, milho, arroz, soja e alho e, também avançou muito na produção de leite com rebanhos de excelente padrão genético e com bons índices de produção.
Mas por ser um estado com o relevo em sua grande maioria acidentado e possuir pequenas propriedades familiares, onde a exploração da agricultura mecanizada é impossibilitada e também em virtude justamente das áreas serem pequenas, os agricultores catarinenses estão diversificando a sua renda e o próprio consumo através da ovinocultura. Aos poucos os produtores vão se organizando ao entorno de associações e núcleos de criadores nas mais diversas regiões, com o auxílio de empresas públicas e privadas na área de assistência técnica, inclusive com o aparato tecnológico desenvolvido para a cadeia produtiva através da Epagri de Lages, no planalto serrano. Além disso, os produtores vêm sendo estimulados pela crescente demanda da carne de cordeiro.
Santa Catarina possui hoje cerca de 11 mil criadores com cerca de 350 mil cabeças de ovelhas (segundo o portal do agronegócio). Há indicadores de que o estado desde 1980 triplicou o seu rebanho ovino, o que demonstra que a atividade cada vez mais passa a ter caráter profissional. As raças que predominam no estado são o Texel, Suffolk, Ilê de France, Dorper, Hampshire Down e Crioula.
Para quem não é muito ligado na atividade, já pode observar em vários pontos do estado o comércio de produtos que levam a carne ovina em suas receitas, como o pastel de ovelha encontrado na serra da Dona Francisca, também as festas típicas como a Festa da Ovelha na cidade de Campo Alegre onde podem ser encontrados artesanatos coma lã. Também existem várias cabanhas e criatórios que divulgam através de seus sites receitas com a carne ovina e tudo isso vem a alavancar cada vez mais a atividade no estado.
Muito bem, chegando o final de ano vem as festas e o consumo da carne ovina tende a aumentar. Que nós produtores façamos a nossa parte de oferecer um produto de qualidade, que façamos ainda o marketing de nossa empresa e de nossos produtos e que escalonemos a produção para atender a demanda não somente em épocas de fim de ano, mas sim o ano todo e que desta forma façamos da ovinocultura uma atividade econômica geradora de emprego e renda.
Bom Natal e Próspero Ano Novo a todos os leitores!
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