Muitos criadores muitas vezes já cansados de tantos obstáculos enfrentados ao longo da sua existência na atividade falam até que vão parar com a criação. Já vi muito disso, inclusive de meu querido pai e, muitos de vocês com certeza já se depararam com situações semelhantes também. Tudo bem, sabemos que as dificuldades existem e que, após passar tais crises nós continuamos firmes e fortes na atividade, talvez com mais cabelos brancos de se estressar com tal percalço, pois não estávamos preparados para atravessá-lo.
No rol dos insumos empregados na produção na maioria das vezes esquecemos um insumo barato e hoje mais disponível do que nunca: a INFORMAÇÃO.
É somente através do uso da INFORMAÇÃO que podemos prever, organizar e gerenciar algum período indesejável no mercado em que atuamos. Mas qual é a INFORMAÇÃO que procuramos? O que é importante para investirmos nosso tempo (talvez este seja o único grande investimento que devemos fazer ao adotar este insumo de produção) em busca de conhecimento?
A resposta vem a seguir: hoje somos agraciados pelo acesso a INFORMAÇÃO por meio de jornais, revistas técnicas e outras, televisão, internet, telefonia celular, entidades de classe etc, vejam vocês a infinidade de meios comunicativos que dispomos para acessar alguma informação. No mundo virtual temos um avanço considerável, pois que beleza que é para muita gente estar lá na fazenda com internet disponível, isto já é possível em muitas regiões brasileiras e, diante deste veículo comunicativo, temos o investimento em sites especializados, como é o FarmPoint, por exemplo, que reúne as mais diversas informações da cadeia da ovinocaprinocultura, com diferentes formadores de opinião, diferentes especialistas e também com abertura de espaço para vários assuntos ao entorno da atividade.
Ainda, para quem costuma usar estes sites para procurar informação, o mais fantástico é poder estar participando nos fóruns de debate, chats com opiniões enriquecendo desta forma o conteúdo apresentado. Olha só, você sabe que ainda neste recurso há a possibilidade de você fazer cursos à distância, os chamados EaD (Ensino à Distância), onde podemos investir em conhecimento sem mesmo sair de casa, usando todo o conforto do nosso ambiente familiar e com o máximo aprendizado como se fôssemos sentar em uma cadeira de escola? É a mesma coisa, posso assegurar que a única diferença é que o EaD não tem chamada dos alunos para ver quem está em sala de aula ou quem faltou.
No que diz respeito a informação disponível através da assistência técnica temos que concordar que a nível nacional possuímos ainda poucos técnicos especializados na cadeia produtiva, talvez porque esta vem crescendo apenas agora e isto pode gerar uma demanda por informações e pode ser que empresas privadas e públicas venham a investir na capacitação de profissionais para suprir a demanda. Mas vale lembrar que ter um técnico de campo formado para nos levar informações sobre a atividade lá na nossa propriedade é muito bom, pois ali se junta a teoria com a prática e é ali que se constrói, que acaba nascendo tecnologias depois disponibilizadas para o mundo todo. Para quem dispõe deste serviço nos estados (a maioria, senão todas as unidades da Federação, têm empresas públicas de ATER) cabe procurar, usar e abusar.
Destaco ainda, que a nossa participação em feiras e exposições agropecuárias é de extrema importância para aprendermos, neste caso precisamos sim sair de casa, pois com certeza este investimento é retornável. Nesses eventos observamos o que há de mais moderno no setor, as tendências para a nossa atividade, visualizamos a empolgação de outros agricultores e pecuaristas que esbanjam entusiasmo com sua atividade na região em que atuam, e só isso já é válido, pois esta injeção de ânimo observada em alguém que está na mesma lida que nos revigora nossas forças e faz pensarmos: se ele consegue porque eu não vou conseguir?
Acho que muitos de vocês que agora leem este artigo, neste momento fizeram uma breve reflexão deste ponto. Quantos já agiram desta forma (eu sou um deles) e voltaram para suas propriedades e puseram em prática algo que viram em uma exposição?
Um alerta neste momento:
Será que todo tipo de "coisa" que vemos pela frente vale a pena absorvermos? Tem gente que pode até considerar que sim, pois acha que quanto mais assuntos absorver melhor. Mas vejam só, com a grande disponibilidade do acesso a INFORMAÇÃO precisamos e devemos filtrar o que realmente serve para nós. Através desta constante prática logo fica fácil sentirmos a qualidade do que nos é apresentado ou posto à venda, como fôssemos comprar um automóvel e questionássemos o vendedor que só vê elogios no produto. Na busca de INFORMAÇÃO temos que ser críticos e fazer está análise.
Neste mesmo artigo que escrevo no domingo a tarde com a minha filhinha que acaba de acordar em meu colo, pedindo para brincar, tenho que ficar alegre se eu receber opiniões e críticas construtivas para eu melhorar as minhas palavras. Dessa forma, com certeza ganharei o que procuro, aperfeiçoarei e ganharei o leitor que exerce sua construção em cima deste magnífico e constante processo que é o da APRENDIZAGEM.
Para finalizar, cito uma frase ouvida em um seminário e que serve aqui. "Não existe o poder nas mãos de poucos, mas sim a informação nas mãos de muitos".
Elen
Santos - São Paulo - Estudante
postado em 13/09/2015
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