Saber aonde se quer chegar não basta, é preciso constantemente buscar qual ou quais são os melhores caminhos para atingir os objetivos, tendo em mente que neste trajeto, o empreendedor deve se conscientizar que muitas vezes deverá mudar a rota, cancelá-la ou mesmo refazê-la. Tem uma frase que ouvi em certa palestra que não recordo agora qual era, mas que dizia assim: “Não há o dinheiro concentrado nas mãos de poucos, mas sim a informação nas mãos de muitos.”
Ao refletir sobre a frase, considero que ela é perfeita, pois quem tem a última informação é privilegiado. Este privilégio não significa bajulação ou coisa parecida, mas significa percorrer o traçado correto para se chegar ao lugar certo, em menor tempo e em busca do melhores resultados. Há outra, esta mais campeira, mas não menos oportuna, que diz que: “Quem chega primeiro, bebe água limpa.”
No negócio ovinocultura tudo isso é aplicado, deve ser aplicado e, felizmente a cada dia, encontramos mais e mais notícias de que o potencial da cadeia produtiva ovina está sendo visto. As pessoas que estão se propondo a trabalhar com a atividade vêm demonstrando, em primeiro lugar, muito interesse antes de iniciar seus investimentos, ou mesmo ampliar suas criações que a princípio, na maioria das propriedades, era algo amador: produzir uma “carninha” em datas festivas para a família ou para doação na festa da comunidade. Antes de qualquer investimento os interessados estão correndo atrás da valiosa e decisiva INFORMAÇÃO.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, estado que concentra quatro milhões de cabeças de ovinos e que possui atualmente um Programa Estadual de Fomento para a ovinocultura, os produtores estão formando grupos de criadores para garantir assistência técnica, capacitação através de cursos nas áreas de produção, gestão e mercado. Além disso, estão exercitando a prática do associativismo e cooperativismo.
Sendo assim, o progresso da rentabilidade e a melhoria das condições de vida do homem do campo, especialmente aqui se tratando do ovinocultor, são notórios. O envolvimento de todas as pessoas que se dedicam a atividade é de vital importância para que os processos sejam conduzidos de forma harmoniosa e sem dar chance para erros, otimizando resultados e aprimorando o lucro que, também vai além do numerário, mas inclui a satisfação do criador em ver seu produto de qualidade sendo consumido pelo cliente satisfeito e do grupo que vê a evolução do negócio de forma coletiva e competitiva.
Talvez o que precisa ainda como ingrediente para melhorar o impulso que a atividade vem tendo nos últimos tempos, é a organização e a capacitação por meio de cursos intensivos e profissionais com afinidade na atividade que após receberem este pacote tecnológico, sejam difusores para outros técnicos do conhecimento adquirido, principalmente nas regiões com tendência de crescimento e tradição na atividade. Consequentemente, estes técnicos após receberem as tecnologias ora difundidas, as passariam ao grande interessado que é o ovinocultor. No país, temos empresas de excelência em pesquisa e geração de tecnologias que permitem uma provocação dessas.
Precisamos reconhecer que temos poucos técnicos que sejam afinados com a ovinocultura por razões próprias mas, a partir deste crescimento que a atividade vem ganhando em função da forte demanda pela carne de cordeiro nas diferentes épocas do ano, precisamos estar preparados para suprir a procura que certamente existirá pela busca da INFORMAÇÃO por parte dos criadores.
Jaime de Oliveira Filho
Itapetininga - São Paulo - Ovinos/Caprinos
postado em 18/06/2013
Parabéns pelo artigo que é um raciocínio lógico ,mas que poucos veem desta maneira.