Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Você está em: Cadeia Produtiva > Espaço Aberto

Nem que seja o da Agricultura

Por Louis Pascal de Geer
postado em 22/11/2006

10 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

O que devia estar na cabeceira no ranking dos ministérios agora pelo jeito já esta na zona de rebaixamento e pode servir até como prêmio de consolo para o Delfim Neto de acordo com notícia do jornal O Estado de São Paulo.

Sem dúvida nenhuma ser o ministro da Agricultura no governo Lula foi e deve ser uma tremenda ressaca e uma fonte interminável de frustrações e decepções para quem tem a infelicidade de ocupar este cargo tão esvaziado.

Como é possível motivar o seu pessoal sem ter os recursos liberados, sem ter o poder e o reconhecimento do Congresso e, pelo que aparece, nem da Presidência?

Como é possível ver os seus departamentos e pessoal sendo expostos as críticas pesadas correndo até o perigo de serem secretamente ridicularizados nos círculos profissionais de agronegócios dentro e fora do Brasil e às vezes por isto muitos dos resultados das negociações internas e externas são pífios?

Como é possível aceitar a separação do MAPA e do Ministério de Reforma Agrária e Desenvolvimento Agrícola que de fato criou dois brasis agrícolas e que permite o uso político da reforma agrária e agricultura familiar num ministério com verbas vultosas e deixando a MAPA na fritura da miséria de não ter a liberação de recursos já aprovados e alocados em orçamento?

Como é possível não poder fazer um raio-X e diagnóstico objetivo nos dois ministérios da gestão e dos resultados reais obtidos através de gastos do dinheiro publico sobre a qual a sociedade não recebe qualquer avaliação isenta de poluição política e emocional?

O que mais preocupa é a ausência de líderes aptos e capazes de mudar a história e colocar um fim a debanda e desmanda na reforma agrária e o Incra, a falta de uma visão desenvolvimentista e de uma atitude de cobrar resultados e zelar pelo desperdício do dinheiro público.

Alguém que pode implantar uma política moderna para os agronegócios e fazer com que o Brasil volte a ser respeitado e admirado pela sua vocação e liderança mundial nos campos de agropecuária, agroindústria, meio ambiente e energético.

Alguém que defende e consegue implantar padrões internacionais no campo e na agroindústria, que promove as cooperativas como grande opção para o pequeno, médio e até grande produtor e / ou indústrias num sistema de verticalização e integração dos processos produtivos.

Alguém que não tem o rabo preso com ninguém, e que tem a coragem de enfrentar a área econômica, para que o país se levante como grande produtor agrícola que é.

Mas cada vez que surgem os candidatos para líderes agrícolas, ou eles são atraídos pelo poder, ou este (poder) consegue seduzí-los com promessas e dinheiro para que se mantenha a qualquer custo o "status-quo" e deixar tudo como está, e caso isto não cole, começa a fritura e o resultado final é uma tremenda frustração e sentimento de impotência para aqueles que querem o bem dos agronegócios do país.

A culpa é nossa em não termos identificado de maneira clara e transparente como queremos tocar a agropecuária e os agronegócios e não ter um nome de peso disponível e reconhecido que poderia mudar a história. Ou será que temos?

Saiba mais sobre o autor desse conteúdo

Louis Pascal de Geer    Barretos - São Paulo

Consultoria/extensão rural

Avalie esse conteúdo: (5 estrelas)

Comentários

Jaerdil Oliveira Dutra

Mantena - Minas Gerais - Produção de café
postado em 22/11/2006

Concordo plenamente. Estamos pagando e vamos pagar mais 4 anos um preço altíssimo pela desfaçatez da classe política e pelo despreparo do povo para eleger seus representantes.

Alexandre Lopes Junqueira

Foz do Iguaçu - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 22/11/2006

Sr. Louis, parabéns pelo artigo!!!! A triste realidade de um ministério que, dentre todos, poderíamos dizer que toca (ou pelo menos deveria) um terço desse país, como é o Mapa, deve mesmo ser discutida e mais ainda transformada...

Elizeu Marcondes do Vale

Cuidad del Este - Alto Parana - Paraguai - Indústria de insumos para a produção
postado em 23/11/2006

Parabéns pelo artigo!

Infelizmente, ele descreve a trágica situação em que nos encontramos.

O que podemos esperar de um presidente que veste um boné de um movimento que usa a reforma agrária como justificativa para promover a baderna, desordem e até saques. Mas não podemos nos limitar a assistir tudo isso e esperar para que as coisas melhorem, devemos expressar nossa indignação e exigir melhorias, por isso acho louváveis atitudes como a elaboração de um artigo assim, que denuncia o descaso com a agricultura brasileira por parte de quem deveria se emprenhar pra que pudéssemos trabalhar em paz.

MARIA CECILIA GOMES

Florianópolis - Santa Catarina - Pesquisa/ensino
postado em 23/11/2006

Concordo com a indignação perante o descaso com a administração do setor agrícola, por parte do governo. Porém a semente foi plantada há décadas: o modelo de produção está errado. O maquinário, os insumos e o modelo de produção do hemisfério norte foram "cuspidos" no Brasil, que o adotou de bom grado. Para os ecossistemas, solo e clima do Brasil este modelo está errado!

O agribusiness desenvolve uma parte do setor econômico do país, produzindo dinheiro para poucos.

Quem paga a conta? Quem sustenta a produção agrícola? A corda não arrebenta sempre para o lado mais fraco?

Este lado, na verdade, ainda não se manifestou muito por aqui: o lado do meio ambiente!

"Nosso" modelo de produção, em vários tipos de produção, é um "tiro no pé" em nós mesmos...até quando a natureza agüenta?

Oh céus! Como carecemos de boa vontade Política! (e de estudos...)

Parabéns pelo artigo..

Pedro Antônio da Rocha Mello

Gandu - Bahia - Produção de cacau
postado em 25/11/2006

O artigo reflete.

A brutal, histórica e aguerrida postura do produtor de não se organizar.

Imagino quanto sofrimento esta nação terá ainda pela frente para desmargilizar o produtor e trata-lo com o mesmo respeito e critério que trata os outros segmentos da economia.

Quando a Volswagem demite 3.000 mil funcionários é uma catástrofe, a agricultura está demitindo centenas de mil e nem sequer ocupa o menor lugar na mídia.

Cacau 250.000 Região de Brejões de 300.000 sacas de café passa a 120.000 com a colheita a dedo seletiva.

Não se trata de Lula mas de todos os presidentes civis desta última República.

Acorda Produtor é você que alimenta o país e parte do mundo.

Saudações.
Pedro Antonio.

Leonardo Siqueira Hudson

Belo Horizonte - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 27/11/2006

Excelente artigo.

Até quando o país com potencial para ser o celeiro do mundo ficará abandonado as traças?

Fausto José de Macedo

São Paulo - São Paulo - Mídia especializada/imprensa
postado em 27/11/2006

Excelente artigo, se o ex-ministro da Agricultura do regime militar é o "cara", que nosso presidente não diga, depois, que "deu o fim " no Agronegócio.

Marcos Paulo Pujol Graça

Pirajú - São Paulo - Produtor Rural
postado em 28/11/2006

Sr. Louis como sempre escreve e escreve bem.

A minha indagação é a seguinte: Somos ou não somos o "celeiro" do mundo? Se somos, onde estão os olhos dos governantes para essa potência que, se bem aproveitada, pode alimentar o mundo?

Existem países de primeiro mundo de olho na Amazônia, vejam só, querem comprar nossa floresta pois esse recurso no mundo está cada vez mais escasso. Assim, na mesma proporção, os recursos (terra) para produção agroindustrial também estão cada vez mais escassos.

Caro Sr. Louis: Será que logo vamos ouvir comentários que querem "comprar" o nosso agronegócio?

Vejamos o exemplo da telefonia e da Vale do Rio Doce! Acho que a saída é "privatizar" o Ministério da Agricultura. Parece piada, mas no fundo...

Parabéns pelo brilhante artigo.

Wanderlei Soares

Querência do Norte - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 04/01/2007

Presado Louis Pascal

Gostei sobremaneira de seu artigo.

Nós que trabalhamos na Emater - Pr e estamos em contato permanente com o Incra não conseguimos entender como o Incra dificulta as coisas mais simples e parece achar fácil resolver problemas de maior envergadura.

Parece que aquele jargão do INSS, serve também para o Incra. "Se podemos complicar, para que facilitar". Quanto ao Governo Federal nossos pêsames por não dedicar a agricultura brasileira o valor que ela merece.

Wanderlei Soares (Mineiro)
Emater
Querência do Norte - Pr

Eugenio Monteiro Junior

Boa Esperança - Minas Gerais - Produção de café
postado em 24/05/2007

Quem ainda não comprou seu nariz de palhaço?
Aproveite o dólar com preços atrativos!

É o que estou sentindo, diante deste emaranhado de interesses, um verdadeiro palhaço. em qual previsão de safra podemos confiar para gerir nossos negócios?

Vemos a previsão da CONAB, do IBGE, e cadê a nossa previsão? Planto mais café? Vendo quando o meu produto?

Temos que exigir das nossas cooperativas uma pesquisa de produção, oferta e procura ligadas aos nossos interesses, e não aos interesses de fundos especuladores e exportadores.

Qual é a previsão de safra do CNC?

Estou disposto a organizar algo desta natureza, se estiver alguém interessado, entre em contato. junior.eugenio@uol.com.br

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade