Para o setor da agricultura e pecuária, que tem fortes compromissos com a sustentabilidade e com a segurança alimentar e energética renovável, que depende diretamente da saúde ambiental, água de qualidade, solos preservados, serviços ecossistêmicos, faço aqui uma extração dos itens onde o documento se refere diretamente ao setor. Existe o reconhecimento das necessidades, mas acordos robustos para se fazer o necessárionão estão tacitamente descritos. O objetivo deste artigo é facilitar o acompanhamento do leitor sobre os próximos acontecimentos, se houver.
O texto começa afirmando que uma em cada cinco pessoas neste planeta ainda vive na pobreza extremae uma em cada sete é subnutrida. A população mundial está projetada para exceder nove bilhões em 2050, sendo que cerca de dois terços viverão em cidades. Por isso, precisamos aumentar nossos esforços para alcançar o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza, da fome e das doenças evitáveis.Eleva-se nosso compromisso de aumentar a segurança alimentar eo acesso à alimentação adequada, segura e nutritiva para as gerações presentes e futuras.
Muitas pessoas dependem diretamente dos ecossistemas para o seu sustento, seu desenvolvimento econômico, social e bem-estar físico e sua herança cultural. Por esta razão, é essencial gerar trabalho decente e renda que reduzam as disparidades nos padrões de vida para melhor atender as necessidades das pessoas e promover meios de vida sustentáveis e ao uso sustentável dos recursos naturais e ecossistemas.Abordagens holísticas e integradas para o desenvolvimento sustentável orientarão a humanidade a viver em harmonia com a natureza e levar a esforços para restabelecer a saúde ea integridade do ecossistema da Terra.
As comunidades rurais desempenham um papel importante no desenvolvimento econômico de muitos países. Há necessidade de revitalizar os setores agrícolas e de desenvolvimento rural, de uma forma economicamente, socialmente e ambientalmente sustentável. É importante tomar as medidas necessárias para melhor atender as necessidades das comunidades rurais.Melhorar o acesso,para os produtores agrícolas, ao crédito ea outros serviços financeiros, acesso a mercados, à posse da terra, saúde e serviços sociais, de educação e formação, conhecimento e tecnologias apropriadas e acessíveis, inclusive para a irrigação eficiente, a reutilização de águas residuais tratadas, colheita e armazenamento de água. Capacitar as mulheres rurais como agentes críticos para promover o desenvolvimento agrícola e rural e segurança alimentar e nutricional. Reconhecer a importância das tradicionais práticas agrícolas sustentáveis, incluindo sistemas de abastecimento de sementes tradicionais, inclusive para muitos povos indígenas e comunidades locais.
Deve-se observar a diversidade de condições e sistemas agrícolas, aumentar a produção agrícola sustentável e produtividade em nível mundial, através da melhoria do funcionamento dos mercados e sistemas de negociação e fortalecimento da cooperação internacional, aumentando o investimento público e privado em uma agricultura sustentável, gestão da terra e desenvolvimento rural. As principais áreas de investimento e de apoio incluem: práticas agrícolas sustentáveis, infraestrutura rural, capacidade de armazenamento e tecnologias relacionadas, investigação e desenvolvimento em tecnologias sustentáveis de desenvolvimento agrícola; cooperativas agrícolas e cadeias de valor fortes, e reforçando ligações urbano-rurais. Deve-se trabalhar a necessidade de reduzir significativamente a pós-colheita e as perdas de alimentos e outros resíduos em toda a cadeia de abastecimento alimentar.
Ressalta-se a necessidade de melhorar os sistemas de produção sustentáveis de gado, incluindo através de melhoramento de pastagens e sistemas de irrigação em consonância com as políticas nacionais, legislação, normas e regulamentos, aprimorados sistemas de gestão sustentável da água, bem como os esforços para erradicar e prevenir a propagação de doenças animais, reconhecendo que os meios de subsistência dos agricultores, incluindo pastores, e a saúde dos animais são interligados.
É crítico o papel da tecnologia, bem como a importância da promoção da inovação. Deve-se permitir a criação de estruturas que promovam tecnologias ambientalmente saudáveis, através de pesquisa, desenvolvimento e inovação, para apoiar a economia verde.Devem-setomar medidas para reforçar a investigação agrícola, serviços de extensão, formação e educação para melhorar a produtividade agrícola ea sustentabilidade através da partilha voluntária de boas práticas de conhecimento. Melhorar o acesso à informação, conhecimento técnico e know-how, através de novas informações e tecnologias de comunicação que capacitem agricultores, pescadores e silvicultores para escolher entre diversos métodos de uma produção agrícola sustentável. O reforço da cooperação internacional em pesquisa agrícola para o desenvolvimento.
Discute-se também no documento a necessidade de abordar as causas da volatilidade excessiva dos preços dos alimentos, incluindo suas causas estruturais, em todos os níveis, ea necessidade de gerir os riscos ligados aos preços elevados e excessivamente voláteis em commodities agrícolas e suas consequências para a segurança alimentar global e nutrição, bem como para os pequenos agricultores e moradores urbanos pobres.Outro aspecto é a importância da informação oportuna, precisa e transparente para ajudar a resolver volatilidade excessiva dos preços de alimentos, e, neste contexto destaca-se o Sistema de Informação do Mercado Agrícola organizada pela FAO e pelas organizações participantes internacionais, atores do setor privado e governos para garantir a divulgação pública oportuna e de qualidade de alimentos produtos de informação de mercado.
Um sistema comercial universal aberto, baseado em regras, não discriminatório e equitativo, vai promover o desenvolvimento agrícola e rural nos países em desenvolvimento e contribuir para a segurança alimentar mundial. Nesse sentido, é necessário desenvolver estratégias nacionais, regionais e internacionais para promover a participação dos agricultores, especialmente pequenos produtores, incluindo as mulheres, em comunidade, nos mercados domésticos, regionais e internacionais.Também, ressalta-se a importância da criação de emprego através da adoção de políticas macroeconômicas que promovam o desenvolvimento sustentável e levem ao crescimento econômico sustentado, inclusivo e justo, aumentando as oportunidades de emprego produtivo e promovendo o desenvolvimento agrícola e industrial. São também abordadas questões das áreas degradadas e biodiversidade.
O fato é que o texto final elaborado para submissão e aprovação aos chefes de Estado, foi feito retirando-se todos os tópicos que contivessem divergências de opinião entre as delegações, mantendo apenas o texto de consenso. Com o intuito de se evitar o perigo de não se chegar a um texto final, como aconteceu em Copenhagen, a diplomacia brasileira,que preside os trabalhos, optou por apresentar um "prato feito" e de fácil digestão, mas que não sustenta. Com isso, se nenhum fato novo surgir nos dias de negociação, teremos um documento tímido e empobrecido.
Divergências de opinião e conflitos fazem parte da convivência humana; o conflito é da natureza humana. A negociação necessita da possibilidade de alternativas a serem discutidas para se encontrar caminhos que levam ao atendimento das necessidades e aspirações da sociedade que, em última análise, resultam no desenvolvimento socioeconômico. É através do debate que as sociedades buscam equacionar suas divergências e solucionar seus problemas. Pelo menos tem sido assim desde que os gregos inventaram a tal democracia, a retórica e a dialética. Ao eliminar as divergências, eliminar os pontos de conflito, tiraram a prerrogativa e o dever dos chefes de Estado de se posicionarem e chegarem a consensos, ou não, sobre as grandes questões colocadas sobre desenvolvimento sustentável. Tiraram a prerrogativa e posicionar de forma mais firme a importância da agricultura para a vitalidade da civilização humana. De toda forma, o que deve nos manter realisticamente esperançosos sobre nosso futuro são as ações que vemos e implantamos diariamente de melhoria contínua para a sustentabilidade, há vinte anos, fora das dependências do Rio Centro.
EDUARDO PICCOLI MACHADO
Alegrete - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos de lã
postado em 22/06/2012
Palhaçada. Me desculpem os crentes nesta religião, mas a maneira como o ambientalismo está sendo discutido praticado e pregado nada mais é que uma grande palhaçada.
Dividiram o mundo entre os preocupados com o futuro da humanidade e os destruidores do planeta. Não existe meio termo, Não existe um pingo de "bom senso".
Assista o noticiário sobre a Rio+20 em vários canais de TV distintos. A Rede Globo, lhe fará chorar avisando que o mundo está acabando amanhã e mostrando criancinhas desesperadas, pedindo aos mais velhos que não destruam o terra. Noutro canal verá os super herois defensores do planeta destruindo estandes do CNA. Verá também indios manipulados por padrecos católicos que ainda rezam pela cartilha de sistemas politicos falidos e agonizantes como aquela maravilha que praticaram numa ilha do caribe, falando de natureza que eles mesmo destroem. Querem reservas para darem aos brancos extrairem madeiras enquanto eles passam o dia cantando e bebendo.
Desculpe a franqueza. Mas o que vejo falando sobre clima é um bando de loucos alucinados pela canabis transgênica, liderados por "vivos" que viram neste negócio uma forma de manipulação política do mundo. Veja bem. A intenção desta gente é a melhor possível. Eles só querem o bem da humanidade.
Não preciso dizer para onde foram todos os regimes que só queriam o bem da humanidade. Mas pergunto. Voçê acredita em Papai Noel?
A Rede do Verde, no seu Jornal Nacional não divulgou, mas outros canais divulgaram o que disseram os presidente do Equador e o da Bolívia. O que está sendo proposto nada mais é do que uma forma dos ricos dominarem os pobres. A história se repete e o ambientalismo nada mais é do que uma nova forma de subjugar os pobres.