Já tinha algumas coisas em mente, mas confesso que fui instigado a elaborar este plano com mais precisão, a partir de um documento enviado pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de
Caprinos e Ovinos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, que justamente solicita uma Visão de Futuro, para o setor Ovino. Eles pedem que formulemos um manuscrito colocando ideias sobre onde pretendemos estar (em termos de atividade) em 2015.
Para responder a este pedido, precisei fazer uma rápida revisão do que já realizamos até agora, e em que estágio estamos neste momento. Ao longo deste ano participamos de reuniões em Ministérios e Associações de criadores buscando estruturar ações que tragam a formalização de políticas públicas de maior duração para o setor ovino. Fizemos o lançamento de um livro sobre o mercado externo para a carne ovina que traz um raio x do setor atualmente e prospecta possibilidades de mercado para o Brasil, e concluímos a expansão do nosso trabalho através da fundação da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Acre. Agora existe representação para o setor, em todo o País.
Também destaquei em minhas anotações o processo de discussão do regulamento para a criação do colégio de jurados de exposições, uma determinação do MAPA que escolherá pessoas e os habilitará para se tornarem jurados profissionais.
Este regulamento está em fase de análise de todas as Associações promotoras de raças para indicarem alterações e posteriormente, redigirmos o documento final e aprovarmos. Ainda vai levar o próximo ano, acredito, mas é uma realização importante de 2010.
Lembrei ainda que em vários estados acontecem reuniões entre criadores e governos na busca de uma estruturação do sistema produtivo, como a que ocorreu no final de outubro, em Bagé, com representantes do atual governo e do futuro governo gaúcho além de outras entidades, com a finalidade de elencarmos ações práticas de desenvolvimento e soluções de alguns nós.
Claro que precisamos destacar um fato que realmente está mudando a realidade da produção ovina. Em todo o Brasil, pelas informações que recebo, o preço do quilo vivo do cordeiro passou por um reajuste significativo, elevando-se para patamares que até a pouco tempo era apenas um sonho.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, o valor pago gira entre R$ 4,00 e R$ 5,00, quando no início do ano o valor não passava dos R$ 2,50 a R$ 3,00. Com base nestes pequenos apontamentos busquei ver o que temos de importante em nível macro para realizar nos próximos anos. Creio que para alcançarmos a verdadeira estruturação do sistema produtivo precisamos, neste primeiro momento, conscientizar a todos os criadores que é hora de aproveitar o bom momento financeiro do cordeiro para realizar investimentos na sua propriedade e no rebanho, buscando o aprimoramento genético, a redução de perdas e de problemas sanitários entre outros.
Ou seja, fazer o tema de casa. No que se refere à ações governamentais, queremos que definitivamente sejam reestrurados e fortalecidos todas as empresas de extensão rural. Tenho falado nisto repetidas vezes, mas é a melhor forma de levar orientação e conhecimento a todos os produtores de ovinos neste País. Precisamos ainda de ter tranquilidade no campo para trabalhar. Isto significa uma ação mais contundente contra os abigeatários que dizimam nossos rebanhos sem que consigamos encontrá-los e extirpar este problema do campo que muitas vezes faz com que produtores desistam de continuar na ovinocultura. Temos ainda que trabalhar no aumento do rebanho, pensando que em 5 anos precisamos chegar a pelo menos o dobro que temos hoje, 16 milhões de cabeças, segundo o IBGE.
Claro que ainda consta desta lista a organização e o crescimento dos outros produtos diretos que saem da ovinocultura como a lã, a pele e o leite. Mas no contexto macro, precisamos buscar ainda linhas de financiamentos para retenção de matrizes com os animais servindo de garantia e juros compatíveis com a atividade, recursos também para a formação de agroindústrias de produtos ovinos entre outras possibilidades. E devo colocar na lista ainda, a questão dos abates sem fiscalização, problema que precisamos enfrentar para acabar com isto de uma vez por todas, entre outros temas. Mas acho que se torna importante consolidar tudo isto um plano de trabalho para todo o setor debatido entre todos. Por isto apresento minha pequena lista, pensando que todos podem contribuir com ela.
E você, criador, já fez a sua?
eldar rodrigues alves
Curitiba - Paraná - governo
postado em 28/12/2010
Caro Meu Presidente Paulo Afonso
Talvez, não seja o fórum, porem quero colocar aqui uma sugestão, sabemos que um dos gargalos na comercialização de ovinos, em nosso Brasil continental, seja a falta de ferramentas que facilitem a comercialização, tanto de animais para formação e ampliação de rebanhos de carne, matrizes, reprodutores etc., sabemos também das raríssimas transmissões destes eventos a nível nacional, pois os preços de tais transmissões são impeditivas, para os valores reais praticados na verdadeira ovinocultura, aquela que colocara a carne de cordeiro, no cardápio do brasileiro e assim alavancará nossa produção fechando o elo da produção. Sugiro que a nossa querida ARCO, crie uma empresa própria e com equipe própria de transmissão de eventos via internet em seu site, e assim os eventos poderão ser transmitidos com valores justos e compatíveis com a atividade. Que bom será , quando podermos termos eventos , julgamentos leiloe como FEOVELHA, EXPOINTER, MERCOTEXEL, FEOVINOS ETC... .Nas telas de nossos computadores, disponíveis aos criadores, investidores, frigoríficos de todo Brasil Quanto à parte de custos e técnica, já estudei sobre o assunto, é muito simples
Sem mais
Eldar Alves
Cabanha King Size