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Os próximos 5 anos

Por paulo afonso schwab
postado em 28/12/2010

6 comentários
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Estamos encerrando a primeira década do novo século e por costume profissional, começo a colocar no papel ideias para um plano de ação para os próximos cinco anos, para a nossa entidade, a ARCO.

Já tinha algumas coisas em mente, mas confesso que fui instigado a elaborar este plano com mais precisão, a partir de um documento enviado pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de
Caprinos e Ovinos, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, que justamente solicita uma Visão de Futuro, para o setor Ovino. Eles pedem que formulemos um manuscrito colocando ideias sobre onde pretendemos estar (em termos de atividade) em 2015.

Para responder a este pedido, precisei fazer uma rápida revisão do que já realizamos até agora, e em que estágio estamos neste momento. Ao longo deste ano participamos de reuniões em Ministérios e Associações de criadores buscando estruturar ações que tragam a formalização de políticas públicas de maior duração para o setor ovino. Fizemos o lançamento de um livro sobre o mercado externo para a carne ovina que traz um raio x do setor atualmente e prospecta possibilidades de mercado para o Brasil, e concluímos a expansão do nosso trabalho através da fundação da Associação de Criadores de Caprinos e Ovinos do Acre. Agora existe representação para o setor, em todo o País.

Também destaquei em minhas anotações o processo de discussão do regulamento para a criação do colégio de jurados de exposições, uma determinação do MAPA que escolherá pessoas e os habilitará para se tornarem jurados profissionais.

Este regulamento está em fase de análise de todas as Associações promotoras de raças para indicarem alterações e posteriormente, redigirmos o documento final e aprovarmos. Ainda vai levar o próximo ano, acredito, mas é uma realização importante de 2010.

Lembrei ainda que em vários estados acontecem reuniões entre criadores e governos na busca de uma estruturação do sistema produtivo, como a que ocorreu no final de outubro, em Bagé, com representantes do atual governo e do futuro governo gaúcho além de outras entidades, com a finalidade de elencarmos ações práticas de desenvolvimento e soluções de alguns nós.

Claro que precisamos destacar um fato que realmente está mudando a realidade da produção ovina. Em todo o Brasil, pelas informações que recebo, o preço do quilo vivo do cordeiro passou por um reajuste significativo, elevando-se para patamares que até a pouco tempo era apenas um sonho.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o valor pago gira entre R$ 4,00 e R$ 5,00, quando no início do ano o valor não passava dos R$ 2,50 a R$ 3,00. Com base nestes pequenos apontamentos busquei ver o que temos de importante em nível macro para realizar nos próximos anos. Creio que para alcançarmos a verdadeira estruturação do sistema produtivo precisamos, neste primeiro momento, conscientizar a todos os criadores que é hora de aproveitar o bom momento financeiro do cordeiro para realizar investimentos na sua propriedade e no rebanho, buscando o aprimoramento genético, a redução de perdas e de problemas sanitários entre outros.

Ou seja, fazer o tema de casa. No que se refere à ações governamentais, queremos que definitivamente sejam reestrurados e fortalecidos todas as empresas de extensão rural. Tenho falado nisto repetidas vezes, mas é a melhor forma de levar orientação e conhecimento a todos os produtores de ovinos neste País. Precisamos ainda de ter tranquilidade no campo para trabalhar. Isto significa uma ação mais contundente contra os abigeatários que dizimam nossos rebanhos sem que consigamos encontrá-los e extirpar este problema do campo que muitas vezes faz com que produtores desistam de continuar na ovinocultura. Temos ainda que trabalhar no aumento do rebanho, pensando que em 5 anos precisamos chegar a pelo menos o dobro que temos hoje, 16 milhões de cabeças, segundo o IBGE.

Claro que ainda consta desta lista a organização e o crescimento dos outros produtos diretos que saem da ovinocultura como a lã, a pele e o leite. Mas no contexto macro, precisamos buscar ainda linhas de financiamentos para retenção de matrizes com os animais servindo de garantia e juros compatíveis com a atividade, recursos também para a formação de agroindústrias de produtos ovinos entre outras possibilidades. E devo colocar na lista ainda, a questão dos abates sem fiscalização, problema que precisamos enfrentar para acabar com isto de uma vez por todas, entre outros temas. Mas acho que se torna importante consolidar tudo isto um plano de trabalho para todo o setor debatido entre todos. Por isto apresento minha pequena lista, pensando que todos podem contribuir com ela.

E você, criador, já fez a sua?

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paulo afonso schwab    Cachoeira do Sul - Rio Grande do Sul

Produção de ovinos

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Comentários

eldar rodrigues alves

Curitiba - Paraná - governo
postado em 28/12/2010

Caro Meu Presidente Paulo Afonso
Talvez, não seja o fórum, porem quero colocar aqui uma sugestão, sabemos que um dos gargalos na comercialização de ovinos, em nosso Brasil continental, seja a falta de ferramentas que facilitem a comercialização, tanto de animais para formação e ampliação de rebanhos de carne, matrizes, reprodutores etc., sabemos também das raríssimas transmissões destes eventos a nível nacional, pois os preços de tais transmissões são impeditivas, para os valores reais praticados na verdadeira ovinocultura, aquela que colocara a carne de cordeiro, no cardápio do brasileiro e assim alavancará nossa produção fechando o elo da produção. Sugiro que a nossa querida ARCO, crie uma empresa própria e com equipe própria de transmissão de eventos via internet em seu site, e assim os eventos poderão ser transmitidos com valores justos e compatíveis com a atividade. Que bom será , quando podermos termos eventos , julgamentos leiloe como FEOVELHA, EXPOINTER, MERCOTEXEL, FEOVINOS ETC... .Nas telas de nossos computadores, disponíveis aos criadores, investidores, frigoríficos de todo Brasil Quanto à parte de custos e técnica, já estudei sobre o assunto, é muito simples
Sem mais
Eldar Alves
Cabanha King Size

Nei Antonio Kukla

União da Vitória - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 04/01/2011

Meus cumprimentos ao presidente da ARCO, Paulo Afonso, meus cumprimentos pela valiosa contribuição do sr. Eldar Rodrigues Alves. Fico muito contente em ver que realmente a nossa ovinocultura vem ganhando espaço de forma profissional por parte dos diversos órgãos e criatórios. Vejam só o nosso MAPA solicitando uma Visão de Futuro para a cadeia produtiva e, antecipando-se a este fato a instituição na pessoa de seu presidente já desenvolvendo documento de tamanha envergadura para a tomada de decisões nos próximos anos. Ainda, comentando a matéria, sempre bati na tecla Assistência Técnica e Extensão Rural, ferramenta esta muito importante principalmente para aqueles que estão nas propriedades menores, com fluxo de caixa menor. É através da ATER que levaremos a educação no campo, novas tecnologias de produção e uma consultoria a par e passo da atividade, de modo a antecipar-se a possíveis erros e corrigí-los a tempo, de trocar experiências. Magnífica idéia de se transmitir eventos da ovinocaprinocultura através da Associação, fazendo uma difusão do que existe de melhor na genética e disponibilizando o acesso a todos os criadores. Este é o caminho no meu ponto de vista.

paulo afonso schwab

Cachoeira do Sul - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 07/01/2011

Prezado Eldar Rodrigues Alves

Agradeço a sua carta e desde já, através da sua pessoa, envio saudações a todos os criadores da raça Poll Dorset.

Acredito que sua proposição venha no sentido de provocar um debate sobre os modelos e custos que existem atualmente para as transmissões de eventos e leilões, principalmente no que se refere à ovinocultura, atividade que pela média do faturamento, não consegue avalizar a contratação dos serviços de um canal de televisão. Entretanto creio que se a ARCO fosse realizar este serviço estaria de forma clara, desviando-se dos objetivos principais de sua constituição que é a promoção e o aperfeiçoamento dos rebanhos ovinos brasileiros.

Mas sua questão me levou a pensar de que forma a ARCO pode colaborar com sua angústia de criador. Penso que talvez possamos reunir empresas que prestam este tipo de serviço e negociar, em conjunto com os promotores de leilões de ovinos, um pacote de transmissões ao longo do ano. Assim, quem deseja transmitir seus eventos teria condições de se planejar para esta realização e, quem possui uma empresa com este objetivo, teria ao longo do ano um calendário de eventos a serem transmitidos, podendo assim, se programar e também garantir um valor compatível para todos.

Ao mesmo tempo, o departamento técnico pode e já estamos desenhando algo neste sentido, criar um sistema de certificação dos leilões e exposições, algo como a raça Dorper ou Angus possuem, de Chancelar os eventos. Isto trará, com certeza, mais confiança no produto, pois eles foram revisados pela ARCO. O que lhe parece isto?

Abraços,

Paulo A. Schwab

eldar rodrigues alves

Curitiba - Paraná - governo
postado em 07/01/2011

Caro meu presidente. A ideia me parece muito boa , principalmente nas grandes feiras e eventos, pois ai, os leilões, julgamentos e palestras estarão concentrados em um mesmo local e datas próximas, diminuindo os custos Quanto a certificaçao dos leilões pela ARCO é muito bom, parabéns! Sem mais. Eldar Alves www.cabanhakingsize.com.br

Ricardo Inciarte

Montevideo - Montevideo - Uruguai - Revenda de produtos agropecuários
postado em 14/01/2011

Estimados criadores de ovinos de Brasil: Soy uruguayo y el precio que hoy se paga en mi país por el kilo de "cordero pesado" (36 kilos de peso vivo a la faena) es de US$ 2,50. De acuerdo a lo que leí, Uds en estos momentos están recibiendo US$ 2,64 por kilo.
En Uruguay con este precio, hay productores que han decidido regar sus pasturas, para tener una carga animal de 50 corderos de 22 kilos por hectárea y lograr ganancias de peso diarias de 0,14 kilos por cordero y por día.

Con esta carga por hectárea y con estas ganancias diarias, el equipo de riego por aspersión K-Line de origen neozelandés, se paga en menos de 1 año. El costo completo del equipo es de US$ 1000 por hectárea e incluye la bomba de agua y la tubería de PVC que lleva el agua de la bomba al equipo K-Line que riega las pasturas. El equipo se entrega instalado, llave en mano.

Se necesitan 3 metros cubicos de agua por hectárea y por hora de riego. En general se riegan 12 horas por día. Si desean mayores detalles, les sugiero entren en la página web : www.klineriego.com , entren a la versión en español (click en bandera española) y luego click en el box de K-Line.

Atentamente,

Ing. Agr. Ricardo Inciarte
NZ Link Ltda, Montevideo - Uruguay
Móvil : +598 99 798688
E mail : riv@adinet.com.uy

paulo afonso schwab

Cachoeira do Sul - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 21/01/2011

Prezado Nei Antonio Kukla

Em primeiro lugar peço desculpas pela demora na resposta a sua carta. Conjugar as atividades da ARCO com as pessoais em final e início de ano é uma tarefa que exige esforços no planejamento e execução da agenda. Como um profissional que iniciou suas atividades na Emater do Rio Grande do Sul, também acredito muito nas atividades que a extensão rural realiza junto aos produtores. E a anos venho defendendo o fortalecimento destas estruturas. O novo governo que está assumindo no meu estado, o Rio Grande do Sul, já se mostrou sensível a esta reivindicação e parece que vai reestruturar a área técnica da Emater, para atender às demandas da ovinocultura. Espero que sirva de exemplo para outros estados.
Sabemos que os extensionistas conseguem resultados muito positivos por estarem no dia a dia com os criadores. Esta relação que se fortalece permite a troca de informações o ensinamento de maneira tranqüila fazendo com que o criador evolua no seu processo, no seu manejo, na administração do seu negócio.
Se temos a meta de quintuplicar o nosso rebanho, temos que ter também a de aumentar exponencialmente a rede de atendimento das empresas de extensão rural. É desta forma que iremos caminhar para este objetivo, de forma segura e com os resultados esperados.
Saudações ovinocultoras.
Paulo A. Schwab
Presidente da ARCO

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