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Programas oficiais de sanidade dos caprinos e ovinos

Por Antonio Lemos Maia Neto
postado em 17/11/2010

2 comentários
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No dia 04/11 o FarmPoint publicou uma notícia da FAO sobre a existência de um vírus que ameaça milhões de ovinos e caprinos na África. Antônio Lemos Maia Neto, médico veterinário e fiscal estadual do programa de sanidade de caprinos e ovinos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) enviou um comentário sobre o assunto:

"Prezados amigos,

A expansão da Peste dos Pequenos Ruminantes nos países do sul da África, colocam em alerta a ovinocaprinocultura mundial, e demonstra a IMPORTÂNCIA e a URGÊNCIA do Brasil e da Bahia implantarem seus Programas Oficiais de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e de terem os seus órgãos oficiais de sanidade animal, a exemplo da ADAB e do Ministério da Agricultura, muito bem estruturados, capacitados, e acima de tudo, integrados aos diversos elos da cadeia produtiva.

O exercício ativo da vigilância epidemiológica, sanitária e da educação sanitária sobra a ovinocaprinocultura, associada à gestão do conhecimento na área, mesmo quando realizado sobre enfermidades de menor impacto, faz com que o Serviço Veterinário Oficial acumule experiência prática, informações, desenvolva a agilidade em seus processos e construa uma rede de relacionamentos estratégicos, credenciando-o para prevenir a entrada em nosso território de agentes patogênicos danosos à cadeia produtiva e à saúde pública, e a agir com rapidez e eficiência quando do surgimento de episódios sanitários graves como os da Peste dos Pequenos Ruminantes que vem assolando a mãe África.

Isso significa entre outros aspectos, dispor de uma base cadastral efetiva de caprinos e ovinos; trânsito e comercialização de animais controlado; produtores, comunidades rurais, comerciantes e a sociedade em geral bem informadas e conscientes sobre a importância do controle das doenças; rede laboratorial consolidada e bem distribuída; situação epidemiológica das enfermidades mapeada e monitorada; sistema de vigilância a ocorrências sanitárias alerta e atuante, inclusive com o saneamento de focos; abate e comercialização de produtos de origem animal de forma inspecionada e sob as condições mínimas de segurança sanitária; serviço integrado à assistência técnica e extensão rural e dos órgãos da saúde, entre outros aspectos.

É preciso que os diversos agentes que fazem parte da cadeia produtiva (insumos, pesquisa, produtores, sindicatos, associações, cooperativas, comerciantes, indústria, assistência técnica, etc.) percebam o papel da defesa agropecuária para assegurar a sustentabilidade de seu desenvolvimento, e passem, a partir daí ,a agir de forma coesa e a direcionar os seus esforços para as questões cruciais que impactam a atividade. Afinal, lutamos pelos mesmos objetivos.

Por favor repassem essa mensagem aos diversos representantes da cadeia de caprinos e ovinos. Mais do que nunca precisamos estar unidos. Estamos vivendo um momento único para a ovinocaprinocultura baiana e do Brasil. Não podemos deixar que esse momento venha a se enfraquecer".

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Comentários

Luiz Alberto Oliveira Ribeiro

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Pesquisa/ensino
postado em 22/11/2010

Caro Antônio
Ótima a tua davertência e bastante oportuna. Parabenizo a Bahia por ser um dos primeiros estados brasileiro a criar o seu Program de Sanidade para Ovinos e Caprinos. Participei como consultor do Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO).Tivemos várias reuniões e bastante progresso foi feito. Entretanto, sua imprementação está bastante lenta. No RS, onde fomos pioneiros em programas de sarna, piolho e epididimite, até agora não se mexeu. Quem sabe no novo goaverno haverá algum movimento.

Antonio Lemos Maia Neto

Salvador - Bahia - Instituições governamentais
postado em 22/11/2010

Prezado Dr. Luiz Alberto Oliveira Ribeiro,

Tivemos a oportunidade de acompanhar o PNSCO no de 2004 e no primeiro semestre de 2005. E realmente, conforme relatado pelo senhor, houve grande movimentação em torno do Programa nesse período, inclusive com uma reunião do Comitê Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos aqui na Bahia. Depois disso, o processo de implementação do PNSCO deu uma estagnada.

Por essa razão, e também pela necessidade de adequação às peculiaridades regionais, o Estado da Bahia, tomou a iniciativa de criar e implantar seu próprio Programa de Sanidade dos Caprinos e Ovinos - PESCO. Já estamos bem avançados nesse processo, onde contamos com o apoio do IICA, UFRPE, UFBA, UFMG, EMBRAPA, MAPA, Federação da Agricultura, SENAR, entre outras instituições, com o respaldo das Câmaras Setoriais Nacional e Estadual de Caprinos e Ovinos.

Acreditamos que esse seja o caminho natural para os Estados em que a caprinovinocultura possua significativa importância sócio econômica, caso da Bahia, do Rio Grande do Sul e de outros Estados da Federação.

Nesse processo é de fundamental importância a integração entre os Estados e o conhecimento sobre as experiências já desenvolvidas, a exemplo dos programas de sarna, piolho e epididimite do Rio Grande do Sul, citados pelo senhor, os quais podem ser agregados ou adaptados aos demais Programas Oficiais que vierem a surgir.

Pretendemos avançar nesse sentido.

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