"Prezados amigos,
A expansão da Peste dos Pequenos Ruminantes nos países do sul da África, colocam em alerta a ovinocaprinocultura mundial, e demonstra a IMPORTÂNCIA e a URGÊNCIA do Brasil e da Bahia implantarem seus Programas Oficiais de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e de terem os seus órgãos oficiais de sanidade animal, a exemplo da ADAB e do Ministério da Agricultura, muito bem estruturados, capacitados, e acima de tudo, integrados aos diversos elos da cadeia produtiva.
O exercício ativo da vigilância epidemiológica, sanitária e da educação sanitária sobra a ovinocaprinocultura, associada à gestão do conhecimento na área, mesmo quando realizado sobre enfermidades de menor impacto, faz com que o Serviço Veterinário Oficial acumule experiência prática, informações, desenvolva a agilidade em seus processos e construa uma rede de relacionamentos estratégicos, credenciando-o para prevenir a entrada em nosso território de agentes patogênicos danosos à cadeia produtiva e à saúde pública, e a agir com rapidez e eficiência quando do surgimento de episódios sanitários graves como os da Peste dos Pequenos Ruminantes que vem assolando a mãe África.
Isso significa entre outros aspectos, dispor de uma base cadastral efetiva de caprinos e ovinos; trânsito e comercialização de animais controlado; produtores, comunidades rurais, comerciantes e a sociedade em geral bem informadas e conscientes sobre a importância do controle das doenças; rede laboratorial consolidada e bem distribuída; situação epidemiológica das enfermidades mapeada e monitorada; sistema de vigilância a ocorrências sanitárias alerta e atuante, inclusive com o saneamento de focos; abate e comercialização de produtos de origem animal de forma inspecionada e sob as condições mínimas de segurança sanitária; serviço integrado à assistência técnica e extensão rural e dos órgãos da saúde, entre outros aspectos.
É preciso que os diversos agentes que fazem parte da cadeia produtiva (insumos, pesquisa, produtores, sindicatos, associações, cooperativas, comerciantes, indústria, assistência técnica, etc.) percebam o papel da defesa agropecuária para assegurar a sustentabilidade de seu desenvolvimento, e passem, a partir daí ,a agir de forma coesa e a direcionar os seus esforços para as questões cruciais que impactam a atividade. Afinal, lutamos pelos mesmos objetivos.
Por favor repassem essa mensagem aos diversos representantes da cadeia de caprinos e ovinos. Mais do que nunca precisamos estar unidos. Estamos vivendo um momento único para a ovinocaprinocultura baiana e do Brasil. Não podemos deixar que esse momento venha a se enfraquecer".
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Luiz Alberto Oliveira Ribeiro
Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Pesquisa/ensino
postado em 22/11/2010
Caro Antônio
Ótima a tua davertência e bastante oportuna. Parabenizo a Bahia por ser um dos primeiros estados brasileiro a criar o seu Program de Sanidade para Ovinos e Caprinos. Participei como consultor do Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO).Tivemos várias reuniões e bastante progresso foi feito. Entretanto, sua imprementação está bastante lenta. No RS, onde fomos pioneiros em programas de sarna, piolho e epididimite, até agora não se mexeu. Quem sabe no novo goaverno haverá algum movimento.