No início do mês o FarmPoint realizou uma enquete com o intuito de saber a opinião dos produtores sobre o cruzamento de raças e se eles utilizam essa técnica. Leitores de 7 estados (BA, MG, PE, PR, RS, SE e SP) brasileiros participaram e deixaram as suas opiniões.
Dos leitores que participaram, 80% utilizam cruzamentos em sua propriedade e 20% não utilizam.
Gráfico 1
Eduardo Piccoli Machado, produtor rural de Alegrete/RS, comentou que é criador da raça Ideal. "Meu rebanho possui pureza genética de mais de 40 anos de seleção e melhoramento. Sou adepto da filosofia de Joaquim Francisco de Assis Brasil que dizia que aptidão se faz com seleção e não com mestiçagem". Leonardo Rohrsetzer de Leon, produtor de ovinos da raça Merino Australiano de Bagé/RS, também não realiza cruzamento assim como Edgenalvo Azevedo Feitosa, produtor de ovinos de Garanhus/PE. Este último destacou que pretende iniciar cruzamentos em breve.
Dentre os produtores que participaram da pesquisa, Laudelino de Sousa Filho, produtor de ovinos de Salvador/BA, Vladson Dalla Costa, produtor de ovinos de Bauru/SP e Luiz Carlos Nunes dos Santos de Salvador/BA, produtor de ovinos de Salvador/BA, utilizam cruzamentos entre as raças Dorper e Santa Inês. Costa citou que hoje está usando animais 3/4 Dorper e está conseguindo ótimas carcaças para o abate assim como ótimas mães com fêmeas 7/8. Luiz Carlos também comentou que está tendo resultados bastante satisfatórios na terminação de carcaças. Já de acordo com José Dagoberto Franco de Oliveira, produtor de Bagé/RS, excelentes resultados são obtidos com cruzamento entre fêmeas Corriedale e carneiros Dorper.
Dois produtores cruzam animais da raça Santa Inês com raças especializadas na produção de leite. Heron Reger de Carvalho, consultor de Minas Gerais, comentou que cruza animais da raça Santa Inês com East Friesian e Isaias José Coelho, sócio da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Dormentes/PE, cruza Santa Inês com Bergamácia. Os dois também disseram que estão introduzindo animais da raça Dorper no rebanho.
Igor Vaz, produtor de ovinos de Pelotas/RS, disse que seu rebanho é muito diversificado. "No meu rebanho, predominam as raças Corriedale, Texel, Romney Marsh e Merino. Estamos introduzindo cruzamentos com gene Booroola para aumentar o número de crias por matriz". Tiago Schultz, produtor de ovinos de Mafra/SC, também cria animais da raça Texel e utiliza-os nos cruzamentos. "Eu crio fêmeas Texel e utilizo reprodutor Ile de France. Estou precisando repor as carneiras que estão ficando velhas ou que apresentam falhas na produção, por isso estou pensando em adquirir um reprodutor Texel para cruzar com algumas fêmeas que se destacam no rebanho e com as futuras fêmeas que substituirão as fêmeas de descarte". Já o produtor de de ovinos de Mariópolis/PR, Marco Aurélio Steffani, realiza cruzamentos alternados com Texel e Suffolk.
O produtor de caprinos de corte, Alcindo Pava de Porto Alegre/RS, citou que está criando caprinos com finalidade carne, então, cruza animais da raça Savana com animais SRD.
E você? Utiliza cruzamentos na sua propriedade? Qual é a sua opinião sobre esse assunto? Participe deixando um comentário!
Equipe FarmPoint
Silvio Iran da Costa Melo
Nova Alvorada do Sul - Mato Grosso do Sul - Ovinos/Caprinos
postado em 18/04/2011
>>Caros amigos,
>>Em minha propriedade venho selecionando matrizes bergamácia (com boa produção de leite), cruzadas com Ile de Franced (aptidão carne), obtendo neste cruzamento, fêmeas F1 com maior produção de leite, pela adição da característica produtiva da raça no cruzamento, esta fêmea fornece os nutrientes necessários durante o período em que os cordeiros mamam, potencializando assim a fase de crescimento dos cordeiros.
>>Um forte abraço!