Em seu discurso de abertura, o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho salientou a necessidade de se fazer alterações na prioridade dada pelo governo ao agronegócio nos últimos anos. Segundo ele, a partir de 2007 começou a haver uma forte relação entre os preços do petróleo e dos alimentos. “O impacto em um gera, em cadeia, impactos significativos nos demais, forçando mudanças essenciais no Brasil, um país que tem no agronegócio as bases de seu desenvolvimento e que deverá ter neste setor uma plataforma de importância geopolítica global”, disse Carvalho. Para tanto, ele salienta que é necessário que seja dada a prioridade que o setor necessita e merece.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, por sua vez, enfatizou os esforços da pasta para dar suporte ao produtor rural brasileiro. “Tanto no aumento da liberação de crédito a juros reduzidos, quanto no encaminhamento das questões ligadas a seguro rural e a modernização da infraestrutura, nós temos procurado alinhar as ações do ministério com as necessidades levada pelas diversas lideranças do setor”, afirmou Geller.
O senador e candidato à Presidência da República, Aécio Neves, que participou da solenidade de abertura do evento salientou, em entrevista coletiva, os problemas que o setor agrícola enfrenta. “Da porteira da fazenda para dentro, o Brasil é muito competitivo, mas da porteira pra fora o produtor enfrenta muitos problemas ligados, principalmente, a infraestrutura. Por isso, devemos declarara guerra ao chamado ‘custo Brasil’”, afirmou o candidato. Ele acrescentou ainda que não se deve aceitar mais a ideia de que a produção se contrapõe com a preservação ambiental.
Após a abertura, o economista Samuel Pessoa fez a palestra no painel Agronegócio Brasileiro: Valorização e Protagonismo, na qual enfatizou que a urgência em termos de reforma no Brasil hoje é a de uma substancial alteração na área tributária que contemple uma redução dos custos das empresas com a adequação ao complexo sistema tributário. “Penso que, do ponto de vista econômico, uma diminuição nos custos da conformidade tributária teria o mesmo efeito positivo sobre a economia brasileira que teve o Plano Real sobre a inflação”, disse o economista. O painel foi coordenado pelo deputado federal Luis Carlos Heinze, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.
No painel seguinte, Agronegócios e as Novas Mídias, que foi coordenado pelo jornalista Heródoto Barbeiro, o jornalista Rodrigo Mesquita fez um apanhado do papel que as formas de comunicação exercem no agronegócio. A seu ver, “se as lideranças do agronegócio não se colocar nas várias plataformas das novas mídias (Facebook, Twitter, Linkedin e outros) abrirá espaço para que os segmentos que são contrários à atividade agrícola ocupem o espaço, causando enormes prejuízos para o setor”, afirmou Mesquita. Participaram, como debatedores do painel, a professora Elizabeth Saad Corrêa, da Universidade de São Paulo, e o engenheiro Demi Getschko, professor da PUC-SP e primeiro brasileiro a fazer parte do Hall da Fama da Internet.
Sobre a ABAG – Criada oficialmente no dia 10 de março de 1993, a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) surgiu com o objetivo principal de buscar o equilíbrio nas cadeias produtivas do agronegócio, de modo a valorizá-las, ressaltando sua fundamental importância para o desenvolvimento sustentado do Brasil. A consequência desse esforço deverá ser a liderança global brasileira na oferta, de forma competitiva, de produtos agroindustriais. Atualmente a entidade conta com 81 associadas, entre empresas, bancos, consultorias e entidades ligadas à indústria que atuam nos segmentos relacionados ao agronegócio.
As informações são da Assessoria de Comunicação da Abag.
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