As propostas de mudanças partem do orçamento e papel do Ministério da Agricultura, passam pela defesa sanitária, infraestrutura e segurança fundiária e chegam ao meio ambiente e sustentabilidade. Os demais itens tratam de crédito, seguro rural, marketing, agroenergia, pesquisa e relações internacionais, além de tributação, contratos nas cadeias, certificações e montagem institucional.
De modo geral, as propostas são parecidas com as apresentadas nas últimas eleições. "Esta é a enésima oportunidade que temos de apresentar nossos anseios", afirmou Carlo Lovatelli, presidente da Abag. "Tivemos um bom diálogo com esse governo, mas os frutos foram magros", reclamou.
"O agronegócio tem que usar sua força para trabalhar na implementação de seus anseios que não têm sido atendidos. Da lista entregue em 2006, um percentual próximo a zero foi atendido, sendo identificado uma melhora apenas na questão dos organismos geneticamente modificados", disse Lovatelli.
Mesmo com a longa lista de reivindicações, o próprio setor reconhece que as questões tributária e fundiária, a infraestrutura deficitária e o meio ambiente são os quatro principais temas mais problemáticos. "Os 16 temas apresentados podem ser reavaliados. Queremos a contribuição de todos, já que cada setor tem a sua agenda e sabemos que não existe um consenso do próprio agronegócio. Nossa intenção é chegar o mais próximo disso", diz Lovatelli.
A ideia da Abag é que o documento a ser entregue aos candidatos apresente o contexto de cada item, mostre o objetivo do setor com cada um dos pedidos e as melhores estratégias a serem adotadas. Mesmo com a intenção de detalhar ao máximo os pedidos para facilitar o entendimento dos candidatos, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues defendeu a apresentação de um número menor de propostas, que envolvam todos os pleitos do setor.
"Nosso problema não é falta de políticas para o agronegócio. O que falta é uma estratégia de Estado para o setor que envolva todos os ministérios necessários, porém, com a coordenação da [Pasta] Agricultura. Essa estratégia deve ser lastreada nas metas a serem apresentadas neste documento", disse Rodrigues.
O ex-ministro lembrou que, mesmo diante do peso do agronegócio para a economia do país, nenhum representante do setor foi chamado para compor o Grupo de Acompanhamento da Crise, criado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no ano passado.
As informações são do Valor Econômico e da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
Edival Costa Oliveira
taguatinta - Distrito Federal - Frigoríficos
postado em 18/03/2010
seria otimo se os nosso governantes olhasse com mais atenção para o agronegocio e mantesse uma base mais solida em comparação ao diz respeito em relação ao cambio e os produtos comercializados.