Apesar do aumento nas vendas diretas aos processadores, o número de cordeiros vendidos em leilões permaneceram relativamente sem mudança com relação ao ano anterior, alcançando 3,4 milhões de cabeças em cinco meses até novembro de 2012. Para 2012-13 como um todo, o preço ponderado médio dos cordeiros deverá declinar 18%.
Nos dois últimos anos, as condições favoráveis permitiram uma forte reconstrução do rebanho, com o número de ovelhas estimado em cerca de 44 milhões em junho de 2012. Como resultado, os números de cordeiros comercializados em 2012-13 deverão ser aproximadamente 1 milhão de cabeças maior do que a média dos últimos cinco anos. Nos primeiros três meses de 2012-13, 5 milhões de cordeiros foram abatidos, 9% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Abates de cordeiros e ovinos adultos deverão aumentar
Para 2012-13 como um todo, os abates de cordeiros deverão alcançar 21 milhões de cabeças, o maior nível desde 1971-72. Refletindo esse aumento, a produção de carne de cordeiro deverá aumentar 10%, para 460.000 toneladas em 2012-13.
Os abates de ovinos adultos deverão aumentar em 2012-13, refletindo o efeito de condições climáticas menos favoráveis e a previsão de menores retornos aos produtores de cordeiros e lã. Os abates de ovinos deverão aumentar 28%, para 6,6 milhões de cabeças, em 2012-13, produzindo cerca de 152.000 toneladas de carne de carneiro.
O aumento significante nos abates deverá desacelerar o crescimento no rebanho nacional. Em 2012-13, o rebanho deverá permanecer sem mudanças, de um número estimado de 76 milhões em 2011-12.
Exportações de carne de cordeiro da Austrália deverão alcançar recordes
O aumento esperado na produção de carne de cordeiro deverá resultar em um aumento de 15% nos volumes exportados em 2012-13, para um recorde de 200.000 toneladas (peso exportado). Estados Unidos, China e Oriente Médio deverão ser responsáveis pela maioria do aumento, à medida que os menores preços de exportação e as maiores rendas se combinam para apoiar uma maior demanda dos consumidores.
As exportações de carne de cordeiro aos Estados Unidos, maior mercado da Austrália, aumentaram 12% com relação ao ano anterior, para cerca de 15.200 toneladas, nos primeiros cinco meses de 2012-13. Além dos menores preços de exportação, os maiores envios refletem uma produção doméstica historicamente baixa nos Estados Unidos e melhores nos gastos dos consumidores. Uma forte demanda por exportações australianas de carne é esperada para o restante de 2012-13, apoiada pela recuperação da demanda pelos consumidores. As exportações de carne de cordeiro australiana aos Estados Unidos deverão ser de cerca de 38.000 toneladas em 2012-13, após os envios terem totalizado 34.737 toneladas em 2011-12.
As exportações ao Oriente Médio deverão crescer em 2012-13. Nos cinco meses até novembro de 2012, as exportações à região aumentaram 49% com relação ao ano anterior, com o crescimento principalmente direcionado pelos envios a mercados historicamente pequenos. Por exemplo, as exportações australianas ao Irã alcançaram 4.261 toneladas nos primeiros cinco meses de 2012-13, comparado com 3.233 toneladas em 2011-12 como um todo. Considerando o forte começo do ano, as exportações australianas ao Oriente Médio deverão exceder o recorde de 42.713 toneladas alcançados em 2011-12.
O valor das exportações australianas de carne de cordeiro deverá aumentar em 2012-13 em 2,8%, para A$ 1,1 bilhão (US$ 1,15). O efeito nos ganhos de exportação dos menores valores unitários deverá ser mais que compensado pelos aumentos significantes nos envios.
Os volumes exportados de carne de carneiro cresceram 37% com relação ao ano anterior nos primeiros cinco meses de 2012-13, alcançando quase 49.000 toneladas. Mais notavelmente, os envios a dois grandes mercados da Austrália, China e Arábia Saudita, aumentaram 226% e 76%, respectivamente, durante o mesmo período. Para 2012-13 como um todo, as exportações australianas deverão aumentar 31%, para 117.000 toneladas, refletindo maiores abates de ovinos. Esse aumento previsto nas exportações deverá mais que compensar os efeitos das quedas nos valores unitários sobre os lucros de exportação, resultando no valor das exportações de carne de carneiro aumentando 16%, para A$ 420 milhões (US$ 440,70 milhões) em 2012-13.
Maior produção e exportações da Nova Zelândia
Em sua mais recente previsão, o Beef + Lamb New Zealand previu que as vendas de cordeiros da Nova Zelândia na primavera de 2012 aumentarão 3,4%, refletindo principalmente as melhores condições climáticas, particularmente na Ilha do Norte. Como resultado desse aumento, a expectativa é que a produção de carne de cordeiro da Nova Zelândia aumente 4,1%, para cerca de 372.000 toneladas (peso carcaça) em 2012-13, o que levará a uma maior competição com a carne de cordeiro da Austrália nos mercados de exportação.
Considerando a expectativa de uma contínua fraca demanda na Europa, principal destino de exportação da Nova Zelândia, a maior produção neozelandesa deverá ser desviada a outros mercados. Entretanto, isso ainda não teve impacto significante nos volumes de exportação da Austrália. Na China, por exemplo, as exportações de carne de cordeiro da Nova Zelândia aumentaram 55% com relação ao ano anterior, para cerca de 14.100 toneladas nos quatro meses até outubro de 2012. Apesar dessa competição, os envios australianos à China também aumentaram no mesmo período, em 36%, para 9.948 toneladas.
A maior oferta da Austrália e da Nova Zelândia deverá manter a pressão sobre os preços de exportação no restante de 2012-13. Combinado com um crescimento na renda, os menores preços de exportação deverão apoiar contínuos aumentos na demanda dos mercados em desenvolvimento, particularmente China e Oriente Médio. Com a adição da recuperação nos gastos dos consumidores dos Estados Unidos, a demanda global deverá ser mais do que suficiente para absorver o aumento nos envios desviados dos mercados tradicionais da Nova Zelândia na Europa.
Ovinos vivos
As exportações de ovinos vivos da Austrália deverão declinar 22% em 2012-13, para cerca de 2 milhões de cabeças, após os envios terem totalizado 2,6 milhões de cabeças em 2011-12. O declínio previsto reflete uma combinação de menor demanda de alguns importantes mercados de exportação, como Kuwait e Emirados Árabes Unidos, problemas comerciais em outros mercados, incluindo Bahrain, e uma redução no número de ovinos disponíveis para exportação em pé, particularmente da Austrália Ocidental, que tradicionalmente fornece 75% das exportações totais de ovinos vivos do país. Como resultado, o valor das exportações de ovinos vivos deverá cair 27%, para A$ 250 milhões (US$ 262,32 milhões) em 2012-13.
As informações estão no link http://www.beefcentral.com/u/lib/cms/agcommodities2012vol2no4_ver100.pdf e foram traduzidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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