Mas a crise financeira internacional, e o boicote de cinco dos principais fabricantes de tratores e implementos, fez com que a feira terminasse com estimativas de vendas de R$ 680 milhões. Ou seja, 17,6% a menos que em 2008 e 28% abaixo da expectativa inicial. A queda de público também ocorreu: 120 mil, ante 134 mil do ano passado e 140 mil que eram esperados pelos organizadores.
"É absolutamente normal e isso pode mudar no pós-evento, mas a feira cumpriu o papel dela, pois a Agrishow é maior que os números", disse o presidente da feira, Cesário Ramalho. "O Brasil vive a crise e uma crise no setor rural que começou antes da internacional." Segundo Ramalho, o setor merece mais atenção e o governo federal precisa ser ágil para atendê-lo. "Precisamos urgentemente de uma política agrícola em nível de custos", alertou Ramalho, citando que a burocracia do sistema financeiro continua a mesma e que as renegociações das dívidas impedem novas compras do produtor para a próxima safra. "A Agrishow reflete o país, pois as outras feiras são locais", afirmou ele.
Ramalho lamentou a ausência dos cinco grandes fabricantes de tratores e implementos. O próprio ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, visitou a Agrishow no último dia e lamentou a ausência das grandes montadoras. "O momento é diferente das outras vezes para essas empresas, que deviam ter mantido suas posições como em outras feiras, que tiveram resultados iguais", mencionou Stephanes. O ministro contrariou Ramalho: "Não se pode medir a agricultura brasileira pela Agrishow."
As informações são do jornal Hoje em Dia/MG, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
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