"O segmento de nutrição é o maior negócio dentro do grupo e em nosso planejamento estratégico percebemos que poderíamos ser ainda maiores. A forma mais rápida de crescer é por meio de aquisições e foi isso que fizemos", afirma Fernando Pereira, presidente do grupo Agroceres.
Atualmente a Agroceres tem cinco unidades de negócio. O braço de nutrição é responsável por 50% da receita do grupo. Já o segmento de suínos responde por 25% do faturamento da empresa. Os 25% restantes são divididos entre os segmentos de sementes (a Biomatrix), palmitos cultivados (Inaceres) e controle de formigas (Atta-Kill).
Com a compra da Multimix será criada uma nova empresa, a Agroceres Multimix, que representará 70% do faturamento do grupo Agroceres. A nova companhia englobará quatro unidades de produção, sendo três da Agroceres - duas em Rio Claro (SP) e uma em Patos de Minas (MG) - e a única planta da Multimix, localizada em Campinas (SP). Com isso, a expectativa do grupo é figurar entre as três maiores do segmento de suplementos para nutrição no Brasil, ao lado da Nutron e M.Cassab.
No Brasil, o mercado global de rações - envolvendo suplementos, vitaminas, minerais e rações - movimenta cerca de R$ 16 bilhões por ano e é bastante pulverizado. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), foram produzidas no ano passado 58,4 milhões de toneladas de ração. A expectativa para 2010 é que se aproxime de 65 milhões de toneladas.
A operação de aquisição da Multimix pelo grupo Agroceres foi conduzida pela área de corporate de agronegócio do escritório TozziniFreire Advogados. Segundo os advogados Darcy Teixeira Junior e Fernando Augusto Silva Rodrigues, a finalização da operação ainda depende de um processo de reorganização societária interna da Multimix. A expectativa é que esse processo dure cerca de 20 dias.
A matéria é de Alexandre Inacio, publicada no jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
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