De acordo com reportagem de Priscila Machado, do Diário do Comércio e Indústria/SP, o agronegócio foi o principal responsável pelo saldo favorável nas relações comerciais entre o país e os árabes no ano passado. O total de comércio entre as duas partes somou US$ 12 bilhões e o Brasil teve saldo de US$ 1,3 bilhão, apesar do preço alto do petróleo, principalmente do produto da Arábia Saudita.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), Antônio Sarkis Jr, esses números são resultado da consolidação do mercado árabe como um dos principais destinos do agronegócio brasileiro. "O produtor brasileiro tem, no mercado árabe, um parceiro importante, e vice-versa".
Os países responsáveis pelo impulso nas exportações, em receita, no mês passado, foram Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Argélia e Marrocos. Os que apresentaram maior aumento foram Iêmen, com 2.430%, o que corresponde a US$ 13,9 milhões; Mauritânia, 947% (US$ 10,3 milhões); Tunísia, 248% (US$ 14,4 milhões); Argélia, 205%; e Síria, 154%, com US$ 21 milhões cada.
O Irã não participa da liga árabe, mas também se destacou. Em 2006, as vendas ao país saltaram 80%, para US$ 1,4 bilhão, e a participação iraniana saltou de 2,85% para 4,45% na pauta de exportações agropecuárias brasileiras.
Entre os principais produtos exportados estão açúcar, carnes, café, lácteos, fumo, fibras e produtos têxteis, sucos de frutas, frutas e chás.
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