Quanto à reformulação do sistema de crédito rural, Governo e representantes do setor realizam, na próxima segunda-feira (15/12), um primeiro encontro para discutir a flexibilização de recursos para financiar a atividade. "Queremos um modelo que seja justo para todos, com um diálogo franco para buscar consenso", disse Kátia Abreu. Preocupada com a situação do produtor já em 2009, diante da restrição aos recursos públicos e privados e da crise de preços, ela defendeu a criação de um modelo de transição para reestruturar totalmente o crédito rural nos próximos anos. Enfatizou, também, a redução da carga tributária sobre os alimentos, que atualmente é de 16,4%, visando dar mais transparência ao agronegócio. Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o principal receio é a colheita e a comercialização da atual safra. "Estes pontos vão definir como o produtor rural vai se comportar nas safras seguintes", alertou.
O ministro Mangabeira Unger admitiu diversos desafios que devem ser superados para alavancar o agronegócio, entre eles a questão ambiental, com a recuperação de áreas degradadas e o manejo florestal sustentável. Mencionou, também, a necessidade de redução da dependência da importação de fertilizantes, a solução para o problema de logística especialmente no Centro-Oeste, o escoamento da produção para o Norte, a maior exploração dos biocombustíveis e a integração entre produtores rurais e áreas de pesquisa. Sobre o financiamento agrícola, o ministro reconheceu que o atual sistema deve ser reestruturado e defendeu a ampliação do seguro de renda e da lavoura, além de mecanismos que assegurem a comercialização.
O presidente da Comissão Nacional de Endividamento da CNA, deputado Homero Pereira (PR/MT), cobrou de Mangabeira e de Stephanes o subsídio ao frete da produção para baixar o custo do agricultor com a logística.
As informações são da Agência CNA, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
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