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Agronegócio: CNA defende reestruturação do crédito

postado em 11/12/2008

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As entidades ligadas aos produtores rurais, Legislativo e Governo Federal devem trabalhar em conjunto para buscar um modelo de crédito rural que atenda às necessidades de financiamento do agronegócio no futuro. A manifestação é da presidente eleita da Confederação da Agricultura e pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, após reunião na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. "Estamos muito preocupados com o futuro da agricultura brasileira. Chegamos ao limite da crise com a falta de crédito e a alta dos riscos de inadimplência que a carteira do agronegócio representa hoje", disse a senadora, após participar do encontro que reuniu lideranças agropecuárias, bancada ruralista, e os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, para discutir as alternativas de curto e longo prazo para solucionar os principais gargalos da atividade rural no País.

Quanto à reformulação do sistema de crédito rural, Governo e representantes do setor realizam, na próxima segunda-feira (15/12), um primeiro encontro para discutir a flexibilização de recursos para financiar a atividade. "Queremos um modelo que seja justo para todos, com um diálogo franco para buscar consenso", disse Kátia Abreu. Preocupada com a situação do produtor já em 2009, diante da restrição aos recursos públicos e privados e da crise de preços, ela defendeu a criação de um modelo de transição para reestruturar totalmente o crédito rural nos próximos anos. Enfatizou, também, a redução da carga tributária sobre os alimentos, que atualmente é de 16,4%, visando dar mais transparência ao agronegócio. Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o principal receio é a colheita e a comercialização da atual safra. "Estes pontos vão definir como o produtor rural vai se comportar nas safras seguintes", alertou.

O ministro Mangabeira Unger admitiu diversos desafios que devem ser superados para alavancar o agronegócio, entre eles a questão ambiental, com a recuperação de áreas degradadas e o manejo florestal sustentável. Mencionou, também, a necessidade de redução da dependência da importação de fertilizantes, a solução para o problema de logística especialmente no Centro-Oeste, o escoamento da produção para o Norte, a maior exploração dos biocombustíveis e a integração entre produtores rurais e áreas de pesquisa. Sobre o financiamento agrícola, o ministro reconheceu que o atual sistema deve ser reestruturado e defendeu a ampliação do seguro de renda e da lavoura, além de mecanismos que assegurem a comercialização.

O presidente da Comissão Nacional de Endividamento da CNA, deputado Homero Pereira (PR/MT), cobrou de Mangabeira e de Stephanes o subsídio ao frete da produção para baixar o custo do agricultor com a logística.

As informações são da Agência CNA, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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