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Agronegócio contribui com alta de empregos em abril

postado em 19/05/2009

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Depois de perder quase 800 mil vagas na virada do ano, o mercado de trabalho dá sinais de reação, embora a recuperação ainda seja lenta e frágil. Em abril, pelo terceiro mês consecutivo, o mercado de trabalho com carteira assinada apresentou resultado positivo. Foram 106,2 mil contratações a mais do que demissões, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os resultados foram puxados pelo agronegócios e pelo setor de serviços.

Mas, embora o resultado tenha sido três vezes mais alto que o de março - quando foram abertas 34,8 mil vagas -, esse foi o pior abril da série do Caged desde 1999. No acumulado do ano, é nítido o estrago causado pela crise mundial, já que, de janeiro a abril, foram criadas 48,5 mil ocupações ante 848,9 mil em igual período do ano passado.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, arriscou uma previsão para 2009 e disse que espera a criação de mais de 1 milhão de empregos este ano. "O Brasil está dando sinais inequívocos de recuperação." Para ele, o crescimento das vagas formais por três meses seguidos é um dado consistente de recuperação da economia brasileira. "Ninguém contrata com carteira assinada se estiver tendo prejuízo."

Embora seja inegável o aumento do saldo de empregos formais de março para abril, também é fato que abril tem sazonalidades que podem não se repetir. Um desses fatores é o comportamento do agronegócio, que, em abril, foi o segundo setor que mais gerou vagas, com saldo líquido de 22,6 mil. O início do plantio e moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do País e o cultivo de café são os dois melhores exemplos.

Em São Paulo, que puxou o saldo do Caged em abril, 21,1 mil postos foram abertos no interior e estão associados ao ciclo da cana e outros 595 ao ciclo cafeeiro. No total, o Estado criou 72.022 vagas. "São Paulo foi a locomotiva do emprego em abril", resumiu Lupi.

As informações são do jornal Estado de SP, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.

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