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Agronegócio nacional entra no vermelho

postado em 09/01/2009

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Cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, Cepea/Esalq/USP, com o apoio financeiro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, mostram que em outubro, pela primeira vez em 2008, o agronegócio brasileiro decresceu, refletindo mais intensamente o impacto da crise financeira sobre o setor. O segmento primário (dentro da porteira) sofreu a maior queda (0,95% no mês), puxado pela acentuada retração da agricultura (-2,2%). Apesar de também enfrentar dificuldades, o segmento primário da pecuária ainda cresceu 0,44% no mês.

Do lado dos insumos, a retração iniciada no começo do segundo semestre foi ainda mais acentuada em outubro e, assim, o segmento decresceu 0,47% no mês. Segundo pesquisadores do Cepea, essa queda não deve levar à impressão de redução no aperto sobre os produtores, pois reflete o forte recuo nos volumes comercializados, principalmente de fertilizantes e combustíveis. Já os preços seguem em elevados patamares, sem grandes sinais de mudança.

No front industrial, as atividades vem, ao longo de 2008, apresentando resultados fracos e desequilibrados, ainda mais acentuados no segundo semestre. Outubro foi marcado por piora nas treze indústrias do agronegócio (aqui consideradas). Tanto as indústrias que já vinham passando por dificuldades, quanto as que estavam apresentando resultados modestos, porém positivos, enfrentaram recuo em outubro, explicam os pesquisadores. Esta piora refletiu-se diretamente no segmento de distribuição agropecuária que decresceu 0,9%, agravando ainda mais o quadro desfavorável agronegócio.

Pesquisadores do Cepea concluem que, no mês de outubro, a agricultura foi atingida fortemente pelo recuo dos preços; a pecuária, um pouco menos. A agroindústria passa a cair em todos os segmentos. São exceções o etanol e os óleos vegetais. O segmento de insumos vem mais recentemente sofrendo reveses quantitativos, face ao desânimo dos produtores rurais diante da crise. O ano de 2008, é bom lembrar, ainda vai ser positivo (6,6% até outubro) para o agronegócio, tendo em vista o avanço de preços ocorrido até o primeiro semestre e que foi parcialmente revertido até outubro.

Para obter o relatório completo, acesse o link: www.cepea.esalq.usp.br/pib

As informações são do Cepea/Esalq/USP, adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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