O governo, segundo Stephanes, está sensível às reivindicações do setor. No entanto, reconhece que, se os recursos não forem liberados, corre-se o risco de uma quebra da próxima safra, porque "o trator já está no campo" e não há como retroceder. O ministro não trabalha com a hipótese de redução da área plantada, mas não descarta resultados piores de produtividade porque os produtores estão dispostos a plantar de qualquer jeito com ou sem insumos. "A produtividade das lavouras que são plantadas sem adubos cai em torno de 20%", avisa Stephanes.
A crise financeira, segundo ele, está afetando mais seriamente o sistema bancário e a expectativa é que no prazo de três a quatro meses se possa experimentar algum tipo de normalidade nos mercados mundiais. Enquanto isso, ele acompanha a decisão de plantio dos produtores locais e o comportamento dos preços das commodities. Na avaliação que o ministro fez à Agência Estado, o preço atual das commodities ainda remunera o produtor. Abaixo do patamar atual, os produtores só serão remunerados se as perdas forem compensadas por uma valorização do dólar.
A valorização que o dólar vem sofrendo desde o início de setembro e que já fez a moeda americana atingir R$ 2,30 pode fazer com que os produtores voltem a sofrer com o descasamento cambial. A afirmação foi feita por Amarillys Romano, analista da Tendências Consultoria.
O principal problema para o agronegócio, com a crise atual, é a falta de recursos privados para financiar o setor produtivo brasileiro. Diante da falta de liquidez internacional, as empresas que sempre financiaram o agronegócio não conseguem mais disponibilizar recursos aos produtores, pois não encontram mais capital disponível. "O governo precisa manter a liquidez nos instrumentos tradicionais."
As informações são do Jornal do Comércio/RS, resumidas e adaptadas pela equipe FarmPoint.
Iria Maria Davanse Pieroni
Cuiabá - Mato Grosso - Advogada e Produção de Gado de Corte
postado em 09/10/2008
Pois é!
Ontem o mesmo Ministro, deu entrevista a um reporter da Globo News no mínimo contraditória, assegurando que o agropecuarista não pode passar uma safra sem plantar e que a produção não vai cair, ao contrário deve manter-se ou até mesmo aumentar ainda que em percentual mínimo.
A conab, por seu turno, através de representante, na mesma reportagem, afirmar que sim, haverá queda na produção.
Complicado, né!?