O investimento para a implantação da Estação de Desenvolvimento Tecnológico é de cerca de R$ 500 mil, com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid). O espaço será gerido pela Seagri e transformado em uma estação de desenvolvimento e difusão de tecnologias rurais para o Sertão alagoano.
Foram garantidos R$ 1,5 milhão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimento no local e instalação da biofábrica, que será composta por laboratório e estufa, para produção e multiplicação de sementes e mudas.
Sobre a difusão de tecnologia da ovinocaprinocultura, a unidade vai beneficiar agricultores familiares de todas as regiões, mas, principalmente, da Bacia Leiteira e do Sertão. O novo empreendimento também vai realizar pesquisa agropecuária e produzir sementes de palma forrageira e sorgo, que serão repassadas aos agricultores para composição dos bancos de forragens, além de mudas de árvores e frutas.
Somente com o investimento de R$ 500 mil, estão garantidos ações como o diagnóstico das cadeias produtivas do leite, de ovinos e caprinos, aquicultura e pesca e fortalecimento da assistência técnica e extensão rural.
Estudo e pesquisa
Além da biofábrica, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico terá alojamentos, auditório e laboratórios equipados para capacitação de técnicos, agricultores e profissionais da área.
“São pelo menos setenta hectares. Teremos alojamentos, auditório e laboratórios equipados para capacitação de técnicos, agricultores e profissionais especializados nessas áreas”, explica Francisco Filho, conhecido por “Chico do Bode”, um ex-funcionário do já extinto Instituto Xingó, que funcionava no local onde será instalada a Estação de Desenvolvimento Tecnológico.
Mesmo esperando o início das reformas no local, Chico diz que o centro já conta com 17 caprinos que servirão para estudos direcionados ao melhoramento genético com itens como transferência de embrião, além de uma casa de forragem para experiências que beneficiem a pequenos e médios produtores.
Embora sem funcionamento pleno, o futuro centro já dispõe de gente interessada em ciência e tecnologia no local. É assim que três estudantes da Universidade Rural de Pernambuco no curso de mestrado em zootecnia estão realizando pesquisas com ovinos e caprinos.
É um olhar para a melhoria na produção de carne e na produção de leite”, informa Liberato Lins de Oliveira, um dos estudantes da Rural de Pernambuco. Segundo Chico do Bode e o próprio Liberato, a estação de Piranhas será basicamente para cortes especiais, com o objetivo de agregar valor à produção.
Na estrutura para ovinos e caprinos, o centro dispõe de box para reprodutores - sendo dois para ovinos e três para caprinos - matrizeiras ou apriscos para fêmeas até cinco anos e de uma maternidade (cabriteiras). Também já existem as esterqueiras e um curral para manejo com sistema de criação chamados de semi-intensivos, hoje orientado pelos três estudantes de Pernambuco.
A Estação de Desenvolvimento e Difusão de Tecnologias Rurais para o Sertão alagoano também vai receber apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Sebrae Alagoas, Emater, Embrapa, Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e Inovação (Secti), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Instituto Ambiental Brasil Sustentável (Iabs) e Prefeitura de Piranhas.
As informações são da Agência Alagoas, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Luciano Ferreira dos Santos
Mirante - Bahia - Consultoria/extensão rural
postado em 29/05/2013
Parabéns a todas as instituições envolvidas nesse projeto.