O Programa vai promover a geração de renda, ocupação e cidadania para famílias do campo em municípios do Semiárido alagoano, disponibilizando matrizes de caprinos de leite e ovinos de corte para os credenciados do programa Bolsa Família, em vulnerabilidade social. Os recursos investidos somam R$ 3,35 milhões oriundos do Fecoep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza).
Ao todo, serão disponibilizadas 4.956 matrizes ovinas mestiças e 177 reprodutores PO (puro de origem), além de 160 matrizes caprinas leiteiras mestiças e 5 reprodutores PO (puro de origem).
"O programa visa também ações de capacitação dos credenciados em manejo de ovinos e caprinos, assistência técnica e formação de campos demonstrativos de forragem, que além de serem utilizados para treinar os produtores, serão utilizados como bancos de sementes para a propagação destas forrageiras", cita o secretário de Estado da Agricultura, Jorge Dantas. "Em todas essas ações, a Seagri irá trabalhar em conjunto com o Arranjo Produtivo Local (APL) Ovinocaprinocultura no Sertão", completa o secretário.
De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário, Edson Maruta, um dos resultados esperados com a implantação do Alagoas Mais Ovinos é o aumento da oferta de leite de cabra no Estado, redução para sete meses na idade de abate dos animais e aumentar para 30 quilos o peso ao abate.
"Também se pretende formar em cada comunidade uma reserva alimentar para os animais baseada em palma, feno, silagem e leguminosas adaptadas à região", destaca Maruta. Segundo ele, as famílias credenciadas passarão a ser, também, referência em relação à aplicação de técnicas de manejo alimentar e do rebanho.
A cadeia da ovinocaprinocultura em Alagoas tem um importante papel, tanto econômico quanto social. No passado, era vista apenas como meio de subsistência para famílias e pequenos produtores rurais, mas na última década passou a se consolidar como atividade empresarial com excelente oportunidade de retorno financeiro, destacando-se cada vez mais.
Atualmente, as carnes encontradas no Estado são decorrentes de animais sem nenhuma padronização, de baixa qualidade e abatidos em idade avançada. Para que este quadro seja revertido, faz-se necessária a adoção de práticas de manejo adequadas, bom suporte nutricional e, principalmente, o melhoramento genético do rebanho.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2007 Alagoas tinha 67,5 mil cabeças de caprinos e 201,2 mil cabeças de ovinos.
A reportagem é da Agência de Notícias de Caprinos e Ovinos - Embrapa, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: