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Alagoas Mais Ovinos incentiva a produção familiar

postado em 14/05/2013

7 comentários
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O Suplemento do Diário Oficial (DO) e a Agência Alagoas iniciaram ontem (13) a série de reportagens sobre o Programa Alagoas Mais Ovinos, que tem potencializado a agricultura familiar no Estado, em três frentes: geração de renda para o pequeno produtor, aumento do rebanho e melhoria genética da criação de cabras e ovelhas.

A reportagem mostra como o projeto tem sido desenvolvido nos municípios de Olho D’Água das Flores, Pão de Açúcar e Piranhas. Esta acaba de ganhar um espaço que deverá se tornar centro de referência e difusão da ovinocaprinocultura em Alagoas.

O espaço vai proporcionar que cientistas, técnicos e estudantes de todos os estados do Nordeste desenvolvam pesquisas, estudos e capacitação para a melhoria genética dos animais, além da instalação de uma biofábrica para produção de forragens, baseada em palma e sorgo para o benefício dos pequenos produtores rurais do Alto Sertão e da Bacia Leiteira.

O local para a implantação do centro foi cedido pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) ao Governo do Estado para o desenvolvimento do projeto.

Emprego, renda e aumento do rebanho

O programa Alagoas Mais Ovinos tem gerado bons resultados desde que foi implantado pelo Governo do Estado e já negociou o equivalente a R$ 585 mil. O levantamento é da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), responsável por gerir o projeto.

Em pouco mais de três anos, o programa repassou a 850 famílias de agricultores familiares do Sertão mais de 5.300 animais, por meio de um contrato de empréstimo. “Nesse programa, cada grupo de quatro famílias recebe sete fêmeas (matrizes) e um reprodutor. Cada família tem o prazo de até 5 anos para devolver os sete animais que recebeu emprestado do Estado”, explica o coordenador do programa Luciano Barros, da Seagri.

O Alagoas Mais Ovinos é uma iniciativa do Arranjo Produtivo Local (APL) de Ovinocaprinocultura, com apoio da Seagri e da Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Alagoas (Accoal). “Os principais focos são gerar renda, aumentar o tamanho do rebanho do Estado e melhorar geneticamente a criação de ovelhas e cabras”, ratifica Barros.

Ele conta que quando o programa foi lançado, em 2009, o rebanho beneficiava cerca de 750 famílias. “Atualmente, expandimos esse número para 850 famílias”, informa o gestor. Com investimento de R$ 3,7 milhões – recursos próprios do Governo de Alagoas, por meio do Fundo de Erradicação e Combate à Pobreza (Fecoep) –, o programa atende atualmente 18 municípios do Estado e deve se estender a mais nove cidades alagoanas. “Cem por cento das famílias são cadastradas e monitoradas com um programa de assistência técnica indispensável para que tenhamos um rebanho de qualidade”, atesta.

O objetivo do Alagoas Mais Ovinos é valorizar a agricultura familiar. “Mas dentro desse objetivo, o pequeno produtor tem que estar apto ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e se submeter a uma avaliação de capacidade que verificará se ele tem condições mínimas para a criação do rebanho”, informa Barros.

Para funcionar, o Alagoas Mais Ovinos dispõe atualmente de nove técnicos e um coordenador. Além disso, o Estado contratou uma empresa especializada em assistência técnica responsável também pelo monitoramento obrigatório dos pequenos produtores. “Os técnicos da empresa responsável têm que dar assistência técnica e visitar pelo menos uma vez por mês os produtores”, informa Barros.

Raça Santa Inês

No Alagoas Mais Ovinos, os animais da raça Santa Inês têm se adaptado muito bem às regiões beneficiadas. Essa raça é produtora de carne e pele, tem fêmeas prolíferas e boas criadeiras, com frequentes partos duplos e excelente capacidade leiteira, além de adaptar-se bem a ambientes com bons recursos forrageiros. “Apesar de no Sertão predominar a rusticidade, a genética com a Santa Inês tem apresentado bons resultados”, atesta o gestor do Alagoas Mais Ovinos.

Como as matrizes (fêmeas) são mestiças, sem raças definidas, em regiões como Pão de Açúcar, Olho D’Água das Flores e Piranhas, o cruzamento com o melhoramento da genética dos animais ocorre depois de três anos.

As informações são da Agência Alagoas, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
 

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Comentários

Marcos Lira

Marechal deodoro - Alagoas - Gestor Ambiental e Químico Industrial
postado em 15/05/2013

Este programa parece ser muito bom. Pergunto: A região de Piaçabuçu poderá ser beneficiada com este projeto? O que poderei fazer para leva-lo (projeto) até esta região e desenvolver a raça Santa Inês levando a sustentabilidade na região? Agradeço a informação.

Inácio José Salustino Soares

Natal - Rio Grande do Norte - Produção de ovinos de corte
postado em 15/05/2013

Que bom que o governo de Alagoas já visualizou que o pequeno produtor tem que ter incentivos, através da distribuição de matrizes e reprodutores, como também, na produção de forragens principalmente a palma. No Rio Grande do Norte, a ovinocultura está entregue ao Deus dará, nunca vi tanta incompetência, os técnicos da Emater deveriam pelo menos com estrutura governamental, (que não existe) visitar as fazendas para incentivar e orientar o plantio de palma aos pequenos produtores, fornecendo corte de terra, etc. Os técnicos não tem culpa, 100% deste desprezo é ocasionado por esses governos canalhas, que tem como projeto prioritário,  a politicagem do subdesenvolvimento.

NILSON LEITE DURAES

Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Estoquista Hospitalar
postado em 15/05/2013

       Belo projeto, pena que não é para todo o país, pois muitos,  como eu, que não temos como comprar animais melhorados poderiamos ser beneficiados por um projeto como esse.     Parabéns ao governo de Alagoas.

André Medeiros

Quixadá - Ceará - Produção de caprinos de leite
postado em 16/05/2013

Meus caros amigos.
Acredito que o que é pra ser feito para que a ovinocaprinocultura realmente se torne uma atividade forte, de inclusão produtiva e social, e que represente o seu real papel na economia  do Nordeste, todos já sabemos. E quando os gestores acreditam e investem nisso, o resultado é evidenciado. Portanto, sabemos que a ovinocaprinocultura nunca foi, não é e está longe de ser uma prioridade dos nossos gestores. Assim, a atividade sem força política, vai se desenvolvendo de forma minguada entre a subsistência e  insistentes apaixonados.

Marcos Lira

Marechal deodoro - Alagoas - Gestor Ambiental e Químico Industrial
postado em 16/05/2013

Infelizmente estou com o colega do Rio de Janeiro, o "Projeto" é ótimo para pequenos produtores, ter este respaldo governamental é imprescendível, mas, não é para todos, venho tentando levá-lo para a minha região onde estou com uma pequena propriedade e tentar implantar por lá desenvolver e motivar aos proprietários vizinhos a idéia de sustentabilidade para que todos possam crescer juntos e com isso desenvolver o Estado, mas, não consigo falar com ninguém para uma orientação mais concreta sobre esta linha do governo... fica difícil para um pequeno agricultor querer se desenvolver por se só, com tantas taxas altas de juros e aquisição de exemplares produtivos selecionados para desenvolver o plantel. Mas, acho eu que ainda conseguirei falar com alguém que possa me dar maiores explicações e juntos trabalharmos para desenvolver mais uma região do nosso Estado.

paulo jorge bomfim da silva

Viçosa - Alagoas - Consultoria/extensão rural
postado em 20/05/2013

Companheiro Marcos Lira, você não está sozinho, e a proximidade de onde você se encontra me faz vislumbrar uma parceria, estive em 2009 no congresso nacional do Santa Inês onde foi lançado o projeto, e um dos meus questionamentos foi justamente este o porque de não atender todo o estado, e por ai vai... entre em contato pelo meu e-mail que podemos conversar melhor (pjbmfim@ig.com.br) um abraço.

josé Carlos Rodrigues da Luz

Serra Talhada - Pernambuco - Consultoria/extensão rural
postado em 02/06/2013

Caros Leitores e demais Srs. aplicados neste  tão valorozo  assunto em pauta ,saudações! Desde o ano de 2003 o Governo Federal oficializou este projeto  : UM PACTO PELO NORDESTE,  buscando sustentabilidade regionais  -através da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e que gerou o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentével do Nordeste (PNDE) lançado pelo Ministério da Integração Nacional e da Agência de Desenvolvimento do Nordeste(ADENE). o Governo do Estado de Alagoas tomou, em 2009, tornou-se obediente ao PACTO e derivou o seu projeto denominado Arranjo Produtivo Local (APL) com recursos do Fundo de Erradicação e Combate à Pobreza (FECOEP), É uma pena que os governantes de todos os Estados do Nordeste ainda não tenham aderido  ao pacto. Se considerados todos os ingredientes nelo citados: governo(Estados e Municípios) +Técnicos +povo disposto a vencer e sair da pobreza e deixar de receber a esmola   = o resultado será RENDA -duradoura- DE TRABALHO em substituição ao Bolsa Familia .  Abraços JCLUZ. 02.06.2013 .  Gostaria que o Sr. Luciano Barros  respondesse o meu e-mail . Obrigado, estou no aguardo.

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