Para o pesquisador Felipe Queiroga Cartaxo, responsável pelos experimentos realizados na Estação Experimental Benjamim Maranhão, em Campo Santana, município localizado a 180 quilômetros de João Pessoa, "Estudos realizados na Emepa, com dietas completas, ou seja, o feno de maniçoba misturado aos concentrados, reportaram que, para cordeiros terminados em confinamento, houve um ganho de peso diário de 291 gramas e, para os cabritos, de 183 gramas", destaca.
Segundo o pesquisador da Emepa, com esse ganho, pode ser feito o abate dos animais ao seis meses de idade, com mais de 30 quilos de peso vivo, reduzindo pela metade o tempo de abate, que, normalmente, é de doze meses. A maniçoba é encontrada nas diversas áreas que compõem o semiárido nordestino. Tem sabor agradável e boa digestibilidade. Felipe Cartaxo explica que, na sua forma natural, apresenta o ácido cianídrico, que é tóxico e, dependendo da quantidade ingerida, pode até matar os animais. Mas esse ácido é facilmente volatizado, reduzido a gás, quando a planta é triturada e submetida à desidratação. Daí a necessidade da secagem por 48 a 72 horas.
O feno de maniçoba é uma alternativa para o pequeno agricultor alimentar o seu rebanho em época de estiagem. De acordo com a Emepa, a pesquisa mostrou que este feno pode suprir muito bem as necessidades nutricionais dos cordeiros e cabritos. "O feno de maniçoba apresenta boa aceitação pelos animais, no entanto, quando se desejar obter maiores ganhos de peso, é necessário misturá-lo com concentrados energéticos como milho, mandioca e sorgo ou com proteicos como torta, farelo de algodão e farelo de soja", ressalta Felipe Cartaxo.
As informações são do Nordeste Rural, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Rejane Pereira Castro
Araruama - Rio de Janeiro - Indústria de laticínios
postado em 18/06/2012
Boa matéria. Mas esta planta se adaptaria na região Sudeste?
Abraços e aguardo um retorno.