Em relação à média observada entre 1998 e 2007, as projeções indicam aumentos que variam de 20% para a carne bovina e suína, de 40% a 60% para cereais como milho e trigo, a mais de 80% para os óleos vegetais. "E há o risco de que a inflação de alimentos, que hoje é bastante elevada, possa aumentar ainda mais a curto prazo. Segundo nossas estimativas, os estoques mundiais devem continuar baixos, o que quer dizer que, no futuro, qualquer choque na oferta vai gerar o risco de fortes e novas altas de preços", disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, ao apresentar o estudo.
Durante a entrevista coletiva em Paris, o secretário-geral da OCDE, José Angel Gurría, defendeu reformas nas políticas agrícolas de países protecionistas, especialmente os mais ricos. "Os subsídios às exportações agrícolas têm contribuído para danificar a capacidade agrícola e a estabilidade social em zonas rurais de muitos países em desenvolvimento", disparou.
O relatório também indica que em 2017 os emergentes devem liderar a produção e o consumo da maior parte dos produtos agrícolas básicos -com exceção de alguns cereais como o trigo-, do queijo e de derivados do leite.
No caso do Brasil, as exportações de grãos de oleaginosas devem passar de 30% em 2008 para cerca de 40% em 2017, colocando o país na liderança do ranking mundial, na frente dos Estados Unidos. As exportações de carne brasileira devem representar, em 2017, 30% das vendas mundiais.
As informações são do Jornal Folha de São Paulo.
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