Segundo notícia de Adriana Chiarini, do jornal O Estado de S.Paulo, os preços dos produtos não alimentícios caíram 0,03% no mês. Entretanto, alimentos e bebidas suplantaram a deflação média dos demais produtos e responderam por 0,27 ponto percentual da inflação de julho. A contribuição só do leite e seus derivados foi de 0,24 ponto, igual ao resultado do IPCA. O item leite e derivados acelerou de 7,35% em junho para 11,31% em julho, acumulando 28,49% no ano.
E não há indicações de desaceleração no preço do leite para agosto, já que a oferta está diminuindo e a demanda nacional e mundial continuam crescendo, segundo a coordenadora de índices de preço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos.
A alta acumulada no grupo alimentação até julho está em 5,26%, acima do índice de janeiro a dezembro de 2006 (1,22%), 2005 (1,99%) e 2004 (3,86%).
Apesar do crescimento dos preços, reportagem de Márcia de Chiara e Vera Dantas apurou que a indústria de alimentos comemora a maior taxa de crescimento no primeiro semestre dos últimos cinco anos. Ganhos de renda, aumento do emprego, inflação controlada e crédito farto sustentam o desempenho.
No primeiro semestre deste ano, as vendas totais da indústria de alimentos e bebidas atingiram R$ 103,8 bilhões, um acréscimo de 8,2% em relação ao mesmo período de 2006, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). "O brasileiro melhorou a sua alimentação", afirmou o presidente da Abia, Edmundo Klotz, destacando que vendas domésticas de sorvetes, salgadinhos, alimentos diet e light, por exemplo, aumentaram 51,71% este ano e os chocolates e as balas, 21,83%.
Nos supermercados, as vendas estão aquecidas e fecharam o semestre com alta de 7%, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Martinho Paiva Moreira, vice-presidente da Apas, disse que o consumo mantém o ritmo de alta, apesar das elevações de preços, como o da carne e do leite, devido a serem produtos de consumo básico.
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