Segundo o economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, o ritmo de expansão das vendas do ramo caiu de 8,2% em junho para 4,6% em julho. "O aumento dos alimentos pode ter contribuído para uma desaceleração das vendas", avaliou.
Outros fatores negativos foram a acomodação da taxa de desemprego e a perda de fôlego do rendimento e da massa salarial em julho, segundo o IBGE.
De janeiro a julho, os alimentos subiram 5,28% - acima do IPCA no período (2,32%). Em agosto, a tendência se amplificou e a alta do grupo alimentação e bebidas chegou a 1,59% num único mês. "O orçamento das famílias está apertado até pelo fato de a massa real de salários ter se desacelerado", disse o economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), Carlos Thadeu de Freitas, em reportagem de Pedro Soares do jornal Folha de S. Paulo.
Para Freitas, o comércio vive um segundo semestre pior, mas deve fechar o ano ainda com um crescimento significativo -em torno de 8,5%. Se confirmada, será a melhor marca desde 2004 (9,3%).
Envie seu comentário: