"Foi uma redução de uma marca que já havia caído de forma significativa, quando comparada com anos anteriores", disse a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) ao comentar os dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados ontem.
Para ela, os números apresentados pelo Deter indicam que o país cumprirá antes do planejado a meta assumida na Convenção do Clima, em dezembro. "Números preliminares mostram que foram desmatados 7 mil quilômetros quadrados em 2009." Com novos índices coletados, a expectativa do ministério é de que muito rapidamente o país consiga reduzir o desmatamento para a marca de 6,5 mil quilômetros quadrados anuais - algo que estava previsto para ser atingido apenas em 2015.
Comparando somente o mês de fevereiro, o índice foi 29% superior ao mesmo período de 2009. O ministério atribuiu o aumento às mudanças meteorológicas, com redução da área coberta de nuvens, o que permite captação melhor das imagens pelo Deter. A expectativa é de que nos próximos meses os índices apresentem uma ligeira elevação - tanto pela melhora das condições meteorológicas quanto pela chegada da seca, quando cresce a atividade de desmate.
Em fevereiro, a área de cobertura de nuvens na Amazônia foi de 57%. Nessa região encoberta, o Deter não consegue verificar se houve desmatamento. Em fevereiro de 2009, a área de cobertura de nuvens foi maior, 80%.
Os dados também mostram que o Deter detectou em janeiro 23 quilômetros de desmatamento. No mês, 69% da área analisada estava coberta por nuvens. Em dezembro, dados não foram divulgados porque toda a área estava encoberta. "A dispersão das nuvens começou na área de Mato Grosso, onde hoje há uma atividade menor de desmatamento", diz o diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do ministério, Mauro Pires.
A reportagem é do Jornal Estado de São Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
José Pereira Cordão Sobrinho
Confresa - Mato Grosso
postado em 09/04/2010
Os Pecuaristas estão fazendo sua parte, investindo em novas tecnologias para aumentar a produtividade e conseguentemente reduzir a necessidade a abrir novas areas, porém os governos devem cumprim seu papel de investir em infra estrutura e logistica e dar suporte ao setor produtivo.