Na região da mata atlântica, a queda média anual foi de 0,04% e, no apanhado de 2002 a 2008, de 0,25%. Segundo o Inpe, o índice de redução de desmate na mata atlântica é baixo porque ela é o bioma mais degradado do país, já que boa parte da região é composta por áreas urbanizadas. Segundo Gilberto Câmara, diretor do Inpe, houve redução significativa do desmatamento em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia, Estados que costumam liderar o ranking de derrubadas,. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que está orgulhoso da atuação de seu governo na área. "O que estamos conseguindo talvez nem seja mérito nosso, mas incompetência de quem veio antes, porque se fazia muito discurso e se colocava pouca coisa em prática", disse.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o Brasil se aproxima da meta de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O governo cogita antecipar o cumprimento da meta para 2015.
COP-16
Lula confirmou que não irá à COP-16, conferência do clima de Cancún, no México, porque, segundo ele, a reunião "não vai dar em nada". "Não vai nenhuma grande liderança, no máximo, os ministros do Meio Ambiente. Não vai haver um avanço, uma pactuação", afirmou.
A chefe da Convenção do Clima das Nações Unidas, Christiana Figueres, reagiu: "A COP-16 nunca foi montada como reunião de chefes de Estado", afirmou ela. Apesar dos resultados mostrados pelo Brasil na redução do desmatamento, o mecanismo que pretende compensar os países tropicais por isso, o chamado Redd, está longe de uma definição na conferência do clima de Cancún. "A experiência do Brasil, com monitoramento, transparência e participação da sociedade, mostra que dá para reduzir o desmate", diz André Muggiatti, do Greenpeace. "Mas, para que isso vingue em outros países, o Redd tem de ser aprovado."
A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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