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Ambientalistas elevam tom de críticas

postado em 07/04/2010

6 comentários
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Parlamentares e ONGs ambientalistas elevaram o tom das críticas ao governo federal na tentativa de brecar alterações na legislação ambiental propostas pela bancada ruralista do Congresso.

Em debate no Senado, os ambientalistas cobraram ontem (06) do governo uma ação concreta contra o que consideram "desfiguração" do Código Florestal, em vigor desde 1965 e pediram uma orientação clara do Palácio do Planalto para evitar as mudanças nas regras ambientais por meio do adiamento das votações previstas para este ano.

Candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva reclamou da pecha de ser "do contra" e atacou a postura do governo. "No Brasil, tem essa cultura de querer mudar o teste em lugar de passar no teste. Não se criam instrumentos econômicos para viabilizar a agricultura e a pecuária sustentáveis. Aí, se muda a legislação. E isso acontece com a anuência ou a omissão do governo federal", criticou a senadora.

Coordenador da Frente Ambientalista, o deputado Sarney Filho (PV-MA) afirmou que a nova lei vai "facilitar novos desmatamentos", e disse que votar no novo Código Florestal agora seria "irresponsabilidade" e anunciou a segunda etapa da campanha contra os ruralistas. "Quem contribuir para o desmatamento vai entrar na lista a partir de amanhã (hoje)", disse. O primeiro teste será a votação, no Senado, do Projeto de Lei Complementar nº 12, que tiraria poderes do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e delegaria funções legislativas da União aos Estados. "Vamos marcar sob pressão, senão eles engolem a gente porque têm mais estrutura e defendem interesses muito específicos".

Os ruralistas se preparam para votar o relatório do novo Código Florestal na comissão especial criada para debater o assunto na Câmara e afirmam haver um acordo de lideranças para apressar o rito de tramitação do relatório. "Eles têm o direito de espernear. Mas, em 15 dias, vamos votar na comissão e depois aprovaremos no plenário com os líderes dos partidos", disse o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão especial."Quem debate são os partidos nanicos, o PSOL e o PV. Nos outros, todo mundo quer aprovar".

O relator do novo Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ironiza a estratégia dos ambientalistas. "Eles achavam que era suficiente tomar café da manhã pago pela Coca-Cola, mas viram que terão que fazer bem mais que isso", criticou, em referência a um suposto patrocínio da multinacional à ONG Fundação SOS Mata Atlântica, líder da campanha "Exterminadores do Futuro".

No debate do Senado, as ONGs pediram aos líderes do governo uma ação para barrar votações da legislação ambiental "contaminadas" por questões eleitorais. "O governo precisa dizer claramente o que defende nesse debate. Quer um "programa de aquecimento climático" (PAC) e um Código Florestal 'flex'?", questionou o coordenador de Políticas Públicas da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Lima. "Vai haver um forte crescimento na demanda por carnes, etanol e soja. E essa conta não vai fechar", alertou.

A reportagem é do Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

Flávio Valeriano Teixeira

Leopoldina - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 07/04/2010

Pensem bem sobre o que os ambientalistas estão argumentando:

"os ambientalistas cobraram ontem (06) do governo uma ação concreta contra o que consideram "desfiguração" do Código Florestal, em vigor desde 1965"...

Fala sério... Eles estão defendendo uma lei de 1.965, que evidentemente está completamente fora da realidade...

Se queremos um país mais justo e honesto, com melhor divisão de renda, soberania quanto à produção de alimentos, com mais justiça e etc., não podemos ficar parados no tempo do paz e amor, continuar achando que tudo neste mundo ainda são flores...

Muitas coisas neste país tem que mudar em termos de legislação. Desde o código penal, código civil, código militar, e também o código florestal!!!

Onde esta turma de verdinhos vive? Continuam no mundo da lua? Sendo apenas ambientalistas sem o menor conhecimento técnico e científico? Creio que a maior parte deles não sabem nada sobre pesquisas agropecuárias e desenvolvimentos sustentável...

Colocar uma bandeira verde no peito é muito fácil... difícil é produzir alimentos para 200 milhões de brasileiros, dos quais muitos não tem o que comer, seja por não terem recursos, devido aos problemas de logística e infra-estrutura do país, seja por perdas e desperdícios ou mesmo por falta de alimentos...

Ser ambientalista é fácil, quando se tem o que comer, quando se pode gastar o dinheirinho do papai em restaurantes naturebas e shopping centers e andar por aí vestindo roupas e usando acessórios da última moda, das melhores marcas a preços exorbitantes...

Quero ver se ambientalista tendo que arrancar o sustento da família terra. Por que ser ambientalista recebendo salário e defendendo ONG´s patrocinadas por empresas multinacionais como a Coca-Cola é muito fácil... Isso é que é vender o país, isso é que é prostituição, isso é que é vender a alma...

Melhor eu parar por aqui...

bruno jose alves

Caputira - Minas Gerais - Produção de café
postado em 07/04/2010

Interessante essas ONG´s tentarem responsabilizar os produtores brasileiros por todo de ruim que acontece ao meio ambiente e em especial às reservas nativas do Brasil. Outro dia li um artigo onde enfatizavam que a pecuária era umas das grandes vilãs do efeito estufa porque os pecuaristas desmatam e além disso os animais emitem gande quantidade de gases que contribuem para o efeito estufa. Comentário infeliz esse não? Será que não sabem que a base da alimentação dos bovinos é o capim, e que o capim para se desenvolver sequestra grande quantidade de CO2, ou seja, tudo isso é parte de um ciclo biológico? Lamentável como é grande a quantidade de pessoas que querem defender uma causa que elas nem conhecem os fundamentos. Mas o que me deixa mais indignado mesmo é saber que existem politícos que ainda apoiam e defendem essas pessoas, muitas vezes apenas para terem a simpatia de alguns eleitores. Agora curioso o fato dessas ONG´s não atacarem empresas como a Petrobras que causam impactos ambientais em dimensões muito maiores, além de explorar um produto que contribui 100% para o efeito estufa. Mas não, preferem atacar os produtores de cana-de-açucar e os usineiros que produzem um combustível renovável. A questão é que a Petrobras deve contribuir enormente com fundos para essas ONG´s coisa que os produtores rurais não fazem, por isso se tornam alvos. Amigos leitores, ta na hora de acordarmos e percebermos que essas entidades possuem interesses que vão muito além das causas ambientais. Se permitirmos, não vai demorar muito e o exército americano irá instalar uma base na Amazônia e os brasileiros terão que pagar pedágio para entra na mata. Vamos acordar para o que está acontecendo!

Humberto Silva Barros

Imperatriz - Maranhão - Frigoríficos
postado em 08/04/2010

esses ambientalistas,vivem e do dinheiro do exterior,por ongs patrocinados por países estrangeiros,quem manda no Brasil ,e somos nos brasileiros!

Flávio Vilela

Céu Azul - Paraná - Consultoria/extensão rural
postado em 10/04/2010

Sou naturalmente naturalista, porem não vivo no mundo da lua, mas num país cujas leis parecem ser apenas para "os outros". Não vejo nada errado em uma lei criada a 45 anos que esteja em vigor, mesmo porque sofreu inúmeras atualizações desde a sua criação.
Errado está em não se cumprir a legislação argumentando ser impossível a produção de alimentos nos termos que ela rege.
Errado está em ser o proprietário de uma área rural e comprar na cidade verduras para a salada que acompanha a carne do boi (este sim, produzido na fazenda, em sistema de exploração única e com todos os agroquímicos que a indústria dos países desenvolvidos descarrega nos agropecuaristas brasileiros).
Errado está em encher o boi de hormônios e vender sua imagem como "boi verde", por conta de sua alimentação básica que é o capim.
Errado está em retirar até a última árvore das pastagens e comprar "sombrite" para "arrotar" tecnologia em nome do conforto ambiental dos animais.
Errado está em acreditar que maximizar a produtividade é retirar todas as árvores e colocar mais um boi ou uns pés de soja.
Lembro aos leitores que erros todos temos. Mas temos também acertos. Sejam produtores tradicionais, orgânicos, "veneneiros", agroecológicos, naturalistas, naturebas ou qualquer que seja a denominação, todos têm erros e acertos. Cabe a nós uma profunda reflexão para decidir que país vamos deixar aos nossos herdeiros.
Não vivo de nenhuma ONG, mas defendo uma agricultura limpa, que respeita o ambiente e acima de tudo, previne o ambiente para o meu filho viver. Ele, o meu filho, estou preparando para o ambiente e para essa sociedade catastrófica que está sendo construída por pessoas que pensam que a lei é só para "os outros".

José Ricardo Vilkas

Angatuba - São Paulo - Produção de leite
postado em 12/04/2010

Ainda bem que temos algumas pessoas de responsabilidade neste Brasil. a respeito do codigo de 1965 até que concordaria com ele!

Mas porque somente nós produtores rurais temos que respeitar os tais 20 % de reserva legal?

Abraços a todos.

Decio barb0sa freire

Belo Horizonte - Minas Gerais - Produção de café
postado em 24/04/2010

A resolução que legislou em termos ambientais e que arruína com os fazendeiros de montanha e encostas é a Resolução 303 do Conama de 20/02/2002. Se metem a definir topos de morros, encostas, etc., ampliando desmedidamente o código de 1965. Se derrubarmos esta resolução, talvez não precisemos alterar o código. Entrem no google e acessem a resolução 303 do Conama e vejam como estamos numa ditadura dos ambientalistas. Como é possível regulamentar um codigo por uma mera resolução de conselho ambiental, sem participação do poder legislativo? E nenhum jurista ou promotor questiona a sua validade? Onde estamos

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