"Os ganhos não são só dos produtores e, portanto, é justo a distribuição de custos entre eles e toda a sociedade", afirmou Santos, durante o 4º Seminário de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Alto Tocantins e o 2º Seminário de Agroextrativismo no Cerrado. O tema central do debates, realizados na Câmara, é "O Cerrado e a Água".
Santos defendeu a importância do Programa Produtor de Água, desenvolvido pela ANA, que prevê a compensação financeira de produtores rurais voluntários pela prestação de serviços ambientais. Os pagamentos, explicou ele, são proporcionais à redução da erosão do solo e à ampliação da área florestada nas propriedades.
"Iniciativas como o Programa Produtor de Água seguem uma tendência mundial de transformar os agricultores em agentes de preservação ambiental", disse o dirigente, ao citar o caso de Nova Iorque (EUA), que há 20 anos realiza o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) a produtores rurais como forma de garantir o abastecimento de água da cidade.
Para o presidente da Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata), Donizete Tokarski, a transformação de agricultores em agentes de preservação pode contribuir ainda para que eles descubram as potencialidades de práticas agroextrativistas sustentáveis. "É inconcebível pensar em produtores que passam fome embaixo de um pé de buriti, por não saber aproveitar as potencialidades do fruto típico do Cerrado. E isso vale para mangaba, baru, pequi e outros", afirmou Tokarski.
Ele lembrou que a Ecodata, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, tem atuado na capacitação de trabalhadores para explorar o potencial econômico do Cerrado. Entre os produtos desenvolvidos estão geleias, sorvetes, licores, paçocas, bolos e doces.
A matéria é de Murilo Souza, publicada na Agência Câmara, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Alvaro Cardoso Fernandes de Pádua
Presidente Prudente - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 21/06/2010
A matéria é importante pois nos convida a refletir justamente em um momento onde estamos reformulando nosso Código Florestal. Sem sombra de dúvida que quando o assunto é Meio Ambiente deve ser tratado como sendo uma responsabilidde de todos ja que os benefícios também os são.
Sendo assim é inadmissível impor ao proprietário de terras no estados do Sudeste, Sul e outros que já não possuem suas florestas a obrigação de recompo-las ao seus próprios curstos. Devemos considerar esta obrigação como um Passivo não só do proprietário mas de todos, até por que os benefícios do desenvolvimento atingiram todos da sociedade e não podendo ser aceito que este passivo recaia unicamente aos proprietário.
Um modelo inteligente de recompor este passivo é o pagamento por serviços ambientais. Dessa forma tanto os ambientalistas como os proprietários teram oportunidade de lutar pelo meio ambiente. Agora, da forma que os ambientalistas propoem chama-se "cortesia com chapéu alheio", aí é fácil reinvindicar sobre o meio ambiente.
Então vamos lá que seja divulgado este projeto de produtor de águas. Quem saiu na frente foi Extrema de MInas com um projeto maravilhoso que está dando certo e deve ser copiado pelas demais prefeituras.
Quero propor ao Beef Point a divulgação deste projeto lá de Extrema tendo tendo em vista que é uma alternativa para aqueles proprietários cujas terras tem muita água ou Área de Preservação Permanente.