"Há dois anos estou no Vale do Paraíba e tenho visto o potencial crescimento do rebanho ovino. Dou consultoria em toda a região e vejo que existem diferentes tipos de investidores para o cordeiro de corte: o que enxerga a sua criação como uma empresa e o que investe na ovelha como atividade complementar.
Como região proveniente da criação de gado leiteiro e um pouco de corte, há uma certa cautela com o inicio da criação. De certa forma, o produtor tem razão! Há
tempos a ovinocultura entrava pela porta dos fundos sem muito alarde, hoje, o crescimento estrondoso que tem, assusta alguns criadores e agradam outros.
A verdade é que quando bem implantado um projeto, visando custos e riscos, a chance de haver sucesso é grande. Mas isso não necessariamente deve ser uma escolha, uma criação não impede a outra, pelo contrário, facilmente se complementam.
O cordeiro de corte aumenta a possibilidade de produção por hectare, e essa sim é a sua vantagem.
O produtor no Vale do Paraíba, porém, enxerga o cordeiro como saída para sua propriedade, sem entender que sua liquidez é muito baixa, e portanto, sua eficiência de produção deve ser muito alta, entende-se por isso: MANEJO INTENSIFICADO. Esse manejo intensificado é o gargalo de muitas produções, pois o manejo do ovino não está claro para uma região de raiz bovina.
Dentre os diferentes tipos de investidores estão o pequeno, o médio e o grande. Costumo dizer que o médio produtor se torna um entrave, uma vez que o pequeno supre por si próprio, sua produção. E o grande, comercializa facilmente para frigoríficos, terminando lotes de 100-120 cordeiros por vez. O médio com sua produção mediana, depende de outro médio para sua comercialização legal.
Quase todas as propriedades do Vale do Paraíba se encaixam como medianas e é por isso que precisa ser ressaltado que o cordeiro é um grande investimento sim, tomadas as devidas precauções primeiramente quanto ao escoamento de produção e em segundo lugar quanto á qualidade do cordeiro produzido (idade X peso), que é o que o mercado busca!
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