As primeiras coletas de material genético foram feitas na Expointer. Foram extraídos pelos ou coletado sangue dos premiados macho e fêmea de cada raça, do grande campeão ao quarto lugar. Agora, o material será enviado para um laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) em São Paulo, que fará a genotipagem de cada ovino.
Os dados serão inseridos em um software e a ideia é disponibilizar a informação aos criadores na internet. O banco de dados será atualizado pelos 110 inspetores técnicos da Arco espalhados em 24 estados brasileiros. A coleta não ficará restrita à Expointer e será estendida para outras exposições no país. Mas, na feira de Esteio em 2010, o número de amostras será ampliado e, em 2011, a apresentação da genotipagem deve se tornar uma das exigências para a inscrição de exemplares. "No futuro, todos os animais de genética terão de estar no banco", diz o superintendente do serviço de registro genealógico adjunto da Arco, Edemundo Gressler. Muitas cabanhas já fazem o atestado de genotipagem por conta própria, mas os dados não estão compilados.
Gressler explica que a iniciativa caminha para um banco com todas as informações de parentesco dos animais, como uma grande árvore genealógica da ovinocultura brasileira. "Isso é importante para o cabanheiro que produz genética", afirma ele.
"É mais um selo que dá a garantia ao comprador de que o produto contém o perfil genético desejado". No caso de fertilizações in vitro (FIV), muitas vezes são colocados materiais de diferentes animais no mesmo ensaio, de forma que não se sabe a origem exata do produto. Por isso, explica o superintendente do serviço de registro genealógico da Arco, Francisco José Perelló Medeiros, é importante que o criador faça o exame e forneça as informações à Arco.
A reportagem é de Marcela Duarte, para o jornal Correio do Povo/RS, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Gilson Alcântara Borges
Janaúba - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 29/09/2009
Muito interessante essa idéia de criar um banco genealógico online. Essa será mais uma ferramenta para aqueles produtores que acreditam na ovinocultura e que querem que ela cresça e atinja as fronteiras internacionais. Com certeza esse será um grande passo para a melhoria genética do rebanho brasileiro, e quem sabe um dia não estaremos exportando a nossa genética.