No processo de apresentação do momento atual, o presidente da ARCO disse que o cenário está extremamente favorável para o Brasil, pois seus principais competidores no mercado interno e externo estão com rebanhos reduzidos ficando, portanto, em condições de atender à demanda de consumo de carne ovina brasileira. Schwab disse ainda que os produtores brasileiros chegaram ao momento tão desejado de ter mercado consumidor e preços no quilo do cordeiro que valorizam e rentabilizam a atividade. "É urgente não deixar passar esta oportunidade que vai durar por pelo menos, cinco anos", ressalta.
Na apresentação dos problemas que o setor enfrenta, a maioria citou a questão da retenção de matrizes uma vez que o preço alto pago pelo ovino está levando aos produtores a abaterem ventres, o do abate sem fiscalização, a falta de assistência técnica, e de conhecimento claro do potencial de mercado e quais são eles. Entre os presentes ficou o consenso de que este é o momento de avançar nas várias propostas que já foram elaboradas em relação ao setor, partindo definitivamente para ações práticas. "O secretário de Agricultura, Gilmar Tietböhl, comprometeu-se a atender ao pedido dos presentes em convocar uma reunião da Câmara Setorial de Ovinos e Caprinos para que estudem os projetos já elaborados pela Emater e outras entidades, a fim de que façam uma união dos pontos em comum. Disse ainda que vai solicitar um estudo para ver a viabilidade de lançar algum tipo de apoio financeiro aos produtores para que possam manter as suas matrizes no campo e assim, aumentar o rebanho ovino.
Como representantes no legislativo e também ovinocultores, Afonso Hamm e Mainardi se comprometeram a encaminhar as questões e os projetos que forem definidos dentro deste processo, em nível de governos e da esfera política para conquistar apoios às demandas do setor. Nelson Wird, da Fetag, disse que entidade está muito interessada no desenvolvimento da ovinocultura em nível de agricultura familiar, entendendo que ela vai agregar mais uma renda a estes produtores. Já o representante da Comissão de Ovinocultura da Farsul, Nilson Missel, disse que a entidade está plenamente a favor de unir-se aos esforços de todos para criar uma força tarefa em prol do setor.
Na opinião do presidente da ARCO, Paulo Schwab, o encontro foi extremamente positivo para o Rio Grande do Sul. "Deixamos alinhavado para depois do segundo turno das eleições, um encontro com todos os que estiveram aqui, para darmos prosseguimento ao trabalho de elaboração deste plano, que não está formatado, mas já temos muitas ideias e exemplos para seguirmos", finaliza o dirigente.
As informações são da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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