Na Argentina, a maior parte da produção se concentra em pequenas propriedades com baixos investimentos e mão-de-obra familiar. Em geral, estão localizadas em regiões geográficas que coincidem com áreas de grande importância turística, de forma que os produtos podem adquirir um valor agregado importante se forem fortalecidas suas características de "artesanal" e se a produção for padronizada, o que implica trabalhar na metodologia de elaboração, implementação de boas práticas de fabricação e capacitação de pessoal envolvido em toda a cadeia de produção desde a qualidade do leite até a comercialização.
Com o objetivo de fortalecer este setor, potencializando a atividade e para apoiar estes micro-empreendimentos, o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI) Lácteos tem um programa de assistência ao setor produtor de leites não tradicionais, considerando diversos aspectos.
Um destes aspectos é a qualidade do leite, sendo feitos levantamento e análise de qualidade do leite, metodologias aplicadas ao leite de cabra, ovelha e búfala, preparação de amostras padrão para calibração de equipamentos automáticos de análise.
Há também assistência no desenvolvimento de produtos, com adequação de tecnologias de fabricação e equipamento, desenvolvimento de queijos, doce de leite e outros produtos a partir de leites não tradicionais, caracterização da maturação e previsão do prazo de validade.
O programa também inclui assistência técnica, com assessoria e acompanhamento aos produtores na melhora da tecnologia de fabricação e maturação dos queijos e produtos processados. Também inclui a implementação de sistemas de inocuidade alimentar, com uma metodologia simples aplicável a pequenas produções.
O programa também engloba caracterização de queijos (composição, perfil sensorial, microbiologia), rotulagem nutricional (ensaios segundo requerimentos de rotulagem, de aplicação obrigatória no país), associatividade (facilita processos associativos para a promoção de produtos, aquisição de equipamentos e insumos), portal de queijos argentinos (promoção dos produtos na internet), capacitação (atividades de formação e informação em tecnologia de elaboração de diversos tipos de produtos, boas práticas de fabricação, etc.) e participação nas atividades da Corporação de Leites Finos (CALF).
O setor leiteiro ovino, caprino e bubalino tem um importante potencial na Argentina e o desenvolvimento e fortalecimento da cadeia de valor podem favorecer a criação de fontes de trabalho e de renda para muitas famílias.
As informações são do próprio INTI (www.inti.gov.ar/lacteos/), publicadas no site Lechería Latina.
Anelize Amorim
Aracaju - Sergipe - Estudante
postado em 09/10/2007
E no Brasil??Qual a pespectiva quanto ao uso de leite ovino??Um programa como esse se torna viável no Brasil, principalmente na região nordeste, onde a criação familiar é cada vez maior e só está sendo utilizado ovinos para corte...seria uma forma de aumentar um pouco mais a renda da família...