A informação foi passada por fontes do Ministério de Produção, Trabalho e Turismo de Corrientes, após a reunião entre o ministro Alfredo Aún, e o diretor da firma PorAnd, da Nova Zelândia, Robert Sinclair, que disse que a proposta é construir uma planta que inclua todos os processos de abate de ovinos, com um sistema de uso habitual na Nova Zelândia e certificada para exportar. Ele disse que, nesse sentido, se aproveitam todas as partes dos ovinos, tanto com destino ao consumo humano como para fertilizantes, sabões e alimentos balanceados, aproveitando 100% do animal.
A planta estará capacitada para processar 500 animais diários e terá uma superfície de 3.000 metros quadrados. Para seus trabalhos, a empresa emprega um volume de água próximo a 200.000 litros diários, dos quais recicla 95% para ser reutilizado na planta. Pelos sistemas de purificação empregado, a água obtida não contamina o ambiente nem provoca emanação de odores e, inclusive, é apta a ser utilizada em irrigação, disse Sinclair.
A edificação projetada divide perfeitamente os processos que correspondem ao consumo e a outros usos, respectivamente, como também os destinos das diferentes partes, segundo o modelo neozelandês. "Há mercados para todas as suas partes, incluindo as vísceras. Os desperdícios são reutilizados para sabões, fertilizantes e para a vermicultura, uma indústria de notável crescimento na Nova Zelândia".
Considerando que a zona onde ficará o frigorífico é ovina por excelência e ainda que os esforços estejam dirigidos atualmente à produção de lã, os empresários estimam que os pecuaristas serão beneficiados com a instalação de um frigorífico para o aproveitamento da carne.
O ministro Aún comentou com Sinclair que as estratégias do Governo correntino "apontam a industrializar a produção primária e este projeto vem solucionar um problema de comercialização no setor. Estamos trabalhando no marco da Lei Ovina e, embora 50% dos recursos sejam orientados à comercialização de lãs, esse projeto mudará o enfoque das estratégias para o setor, priorizando a produção de carnes, dando um novo estímulo à região". A planta estaria em condições de começar a funcionar dentro de uns oito meses.
A reportagem é do Diário del Grupo Capital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: