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ARG: estima-se que haverá queda de 1 milhão de ovinos

postado em 23/09/2009

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O presidente da Sociedade Rural Valle del Chubut, Pedro Zudaire, disse que as perdas do campo pela seca que há mais de dois anos castiga a Provincia de Chubut - principal província produtora de lã da Argentina - "é alarmente".

Zudaire reconheceu recentemente em um encontro entre produtores da região que este ano, as perdas são importantes e, embora os resultados concretos só devam ser conhecidos no final da safra, estima-se que esse ano haverá um milhão de ovinos a menos, tendo alguns campos perdas de animais entre 40% e 50%, sobretudo na região nordeste da Província de Chubut.

Zudaire disse também que os produtores pediram à sociedade rural que faça uma reunião com a área da Indústria, Agricultura e Pecuária da Província para poder expor pontualmente a eles a situação, detalhando todos os inconvenientes que enfrentarão, sobretudo nas fazendas produtoras de lã. A reunião com os produtores também levantou questões como baixa rentabilidade no campo nos últimos meses, altos custos de produção, os altos custos de mão-de-obra, a profunda seca que afeta a região há dois anos e o baixo custo da lã pela crise econômica internacional.

Zudaire foi categórico ao dizer que "há cada vez mais campos abandonados, porque, devido às más condições, esses se tornaram improdutivos e também porque já não é rentável explorá-los. Por isso, se realizou um mapa das zonas abandonadas".

Com relação às consultas feitas com o Governo da Província, ele disse que no momento, não se pode assistir com um grande aporte econômico a todos os produtores afetados. No entanto, estão sendo realizadas gestões para outorgar um paliativo para poder seguir adiante, sobretudo os produtores que planejam abandonar seus campos, para de alguma maneira manter os postos de trabalho e poder seguir produzindo, ou seja, nas zonas mais afetadas. No ano passado, o setor agropecuário recebeu ajuda do Governo com a outorga de fardos de pasto, entregas de água e pequenos aportes monetários, que foram classificados por Zudaire como "insuficientes, porque os problemas que o setor tem são muito maiores e, por isso, solicitamos uma ajuda compensatória para poder principalmente compensar o preço da lã e os custos de mão-de-obra".

"O campo atravessa seu quarto ano de crise, com um resultado de campos que se transformam em não rentáveis, impossibilitando aos produtores sustentá-los pelos altos custos de produção, pelos altos gastos e pelos fatores climáticos".

A reportagem é do Diario de Madryn, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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