O setor rural argentino atravessa uma situação difícil devido a uma forte seca que já provocou grandes perdas na safra de grãos e na pecuária, além da queda nos preços das matérias-primas em relação aos recordes nos últimos meses. "Estamos dando resposta a uma necessidade dos produtores", disse Cristina ao fazer os anúncios.
Entre outras iniciativas, o governo dará créditos com taxas baixas para a compra de máquinas agrícolas - uma indústria bastante prejudicada devido à queda na atividade - ligará os preços dos fertilizantes aos dos grãos e garantirá financiamento para as exportações. Fernández também anunciou benefícios para os setores de leite e de gado das áreas prejudicadas pela seca.
Entretanto, não baixou os impostos sobre as exportações de grãos, uma medida exigida pelo setor agropecuário, especialmente após a queda dos preços nos mercados internacionais desde julho. "Não vemos estes anúncios como positivos", disse Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina, uma das quatro entidades rurais em conflito com o governo. "A presidente deveria reconhecer que é preciso reacomodar o nível de impostos sobre as exportações", completou.
Cristina deu a entender na quarta-feira que os impostos sobre a soja não serão reduzidos, ao argumentar que os atuais valores internacionais, ainda que inferiores aos de seis meses atrás, são similares aos de épocas anteriores. "Durante toda a gestão do presidente anterior (até o final de 2007) havia um preço mais baixo da soja do que o que existe hoje internacionalmente", disse. A Argentina é um dos maiores fornecedores mundiais de soja, milho, trigo e carne bovina.
As informações são do Invertia, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.
Envie seu comentário: