A paralisação, que começou no sábado passado (21) reivindicando a redução dos impostos sobre exportações de grãos, aumentou a tensão com o governo da presidente Cristina Fernández, quando faltam apenas três meses para a realização das eleições legislativas.
Apesar do fim da greve, os dirigentes rurais afirmaram que seguirão pedindo o corte e não descartaram protestos futuros. "Hoje termina o protesto, seguimos reclamando", garantiu Mitre Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina, à uma emissora de rádio.
Os produtores decidiram lançar a greve logo após uma série de reuniões improdutivas com o governo, que se nega a reduzir o imposto principalmente sobre as exportações de soja - o principal grão cultivado no país. A resistência do governo daquele país em atender a reivindicação se deve ao fato de que a medida afetaria mais a receita fiscal em um momento em que a economia vive um processo brusco de desaceleração.
Agora, os dirigentes agropecuários esperam que o Congresso inicie a discussão sobre a possibilidade de uma redução no imposto sobre as exportações, um objetivo difícil de atingir já que a maioria dos parlamentares apoia ao governo peronista.
Quatro federações agrárias que encabeçam o protesto se reuniram para definir os próximos passos do setor, que nos últimos meses foi muito afetado por uma intensa seca e por baixos preços dos grãos.
As informações são do jornal Gazeta Mercantil, resumidas e adaptadas pela equipe AgriPoint.
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