"Os valores de resistência das lãs foram de bons a muito bons nessa temporada, diferentemente da safra anterior. Além disso, o preço obtido esse ano pelos produtores por suas lãs, em comparação com os valores da safra passada, injetou uma dose de otimismo no setor, que esperamos que possa se manter com o acompanhamento das condições climáticas adequadas".
Apesar da seca que vem afetando grande parte da província desde 2007, durante o último ano, os animais puderam se alimentar melhor e produziram lãs finas e muito firmes à tração. Na safra passada, embora as finuras tenham sido levemente inferiores, a fibra era menos resistente.
Jorge também disse que se tem notado uma leve diminuição nos rendimento das lãs nas últimas safras, variando segundo as zonas e os efeitos da seca. Outros fatores contraproducentes nesse ponto foram também as cinzas do vulcão Chaitén, localizado na Cordilheira dos Andes e o efeito dos tremores de terra, principalmente em Adolfo Alsina, muito castigado pelo fenômeno.
De acordo com os dados do Sistema de Gestão de Qualidade do Prolana, até o momento, foram certificados cerca de 2,8 milhões de quilos de lã pelo programa, faltando ainda alguns dados de algumas empresas de tosquia. Estima-se que quando todas as planilhas estiverem completas, esse número poderá chegar a 3 milhões de quilos, representando mais de 50% da lã produzida em Río Negro com certificado de qualidade.
No entanto, o registro dessa temporada será um pouco menor do que o alcançado na safra passada, que superou os 3,1 milhões de quilos. Essa queda ocorreu devido à grande mortalidade de animais e a uma menor produção de lã por ovelha, como consequência das condições climáticas.
A reportagem é do CuencaRural.com, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: