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Argentina busca diversificação de lácteos de origem ovina

postado em 13/03/2013

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O melhoramento na nutrição de ovinos para a elaboração de novos alimentos lácteos e mais saudáveis para o consumo humano é o objetivo dos pesquisadores da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires (Fauba), na Argentina.

Segundo os pesquisadores, a Argentina tem potencial para crescer na produção de queijos e outros derivados da indústria leiteira ovina. Esses produtos, possuem propriedades anticancerígenas e menos colesterol. Os trabalhos são realizados por pesquisadores da área de Produção Leiteira, Nutrição Animal, Ovinos e Melhoramento Genético Animal.

“Quanto mais forragem aparecer na dieta dos animais, o produto lácteo final conterá uma maior proporção de ácidos graxos benéficos para a saúde humana, que permitem reduzir o colesterol e diminuir o risco de contrair câncer, por exemplo”, disse a pesquisadora de Nutrição Animal, Marisa Wawrzkiewicz. “Buscamos alternativas aos queijos que geralmente chegam ao mercado”. A meta não é gerar novas “delicatessen”, mas sim, produtos mais acessíveis e com boa frequência de consumo, como iogurte ou ricota.

Figura 1 - A usina leiteira da Fauba. Foto: Fauba.




Os pesquisadores lamentam que na Argentina não exista uma tradição de ordenhar ovelhas. No país, o leite desses animais é usado para a fabricação de queijos semiduros. Porém, em outros países, a oferta é muito mais extensa. “O verdadeiro queijo roquefort é feito com leite de ovelha e tem denominação de origem na França. Também o feta, dos gregos, e o pecorino, dos italianos”, disse a docente da frente de Ovinos, Ana Frey.

Segundo o docente da área de Ovinos, Diego Álvarez Ugarte, hoje existem condições, tecnologia, genética e recursos para que a usina de beneficiamento de leite de ovelhas funcione. “Apesar da ausência de preços de referência e de um mercado formal não terem deixado que a atividade se desenvolvesse plenamente, a produção ovina permite ter uma diversidade de produtos e oportunidades comerciais como a carne de cordeiro e a lã”.

Ele disse que atualmente existem usinas de beneficiamento de leite de ovinos em diferentes regiões do país, mas que são de produtores isolados que não chegam a formar bacias. Para favorecer a atividade, o grupo de estudo da faculdade recomenda a criação de propriedades pequenas com dedicação familiar. “Para melhorar a eficiência e o acesso ao mercado, cada unidade produtiva deveria se concentrar em um dos elos da cadeia”, disse ele.

A reportagem é do La Nación, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
 

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