“Trata-se de um genótipo especializado em produção de carne com uma composição genética baseada na progênie de ovelhas Merino australiano, com carneiros da raça Texel e Ile de France”, disse o diretor do INTA Valle Interior, Mauricio Álvarez. Ele disse que para os produtores o manejo de duas ou mais raças é complexo, de forma que se buscou criar uma raça com duplo propósito e que simplifique o trabalho no campo.
Segundo o INTA, durante 17 anos foi realizado um grande trabalho de seleção e melhora da raça que permitiu desenvolver uma espécie desprovida de chifres tanto em machos como em fêmeas e com a cara descoberta, sem pelos visíveis. “Embora seja uma raça desenvolvida para produzir carne, sua lã se destaca com relação a de outros genótipos de produção de carne”.
A raça, Comarqueña, possui lã branca a creme claro, com espessura média de 28 micra e de 26 para as borregas e mechas de 80 milímetros de largura. Suave ao tato, possui cachos definidos, uniformes e uma baixa porcentagem de fibras meduladas no velo.
De acordo com o especialista, essa espécie produz lã de “boa qualidade”, mas em menor quantidade que os animais da raça Corriedale, tradicional da região. Por esse motivo, os rendimentos pela lã em ambas as espécies seriam similares. “A Comarqueña apresenta uma maior produção de cordeiros, de maior peso e com menos gordura que as raças utilizadas na região”.
O peso médio dos animais adultos é de 85 a 120 quilos para os machos e de 50 a 80 quilos para as fêmeas. Além disso, possui aptidão materna e capacidade leiteira muito boas.
A reportagem é da agência Télam, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Anneliese de Souza Traldi
Pirassununga - São Paulo - Pesquisa/Ensino
postado em 25/09/2013
Não se trata de BAIXA PORCENTAGEM DE FIBRAS MODULADAS e sim MEDULADAS, conforme o texto:
Suave ao tato, possui cachos definidos, uniformes e uma baixa porcentagem de fibras moduladas no velo.