O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina informou, com base nas estatísticas mais atualizadas disponíveis (de 2011) que Chubut é a província com mais ovinos, com 4,4 milhões de cabeças, seguido por Santa Cruz, com 3,1 milhões de cabeças. O rebanho da província de Río Negro chega a 1,8 milhão e o de Buenos Aires, a 1,5 milhão de cabeças.
Desde 2002, observou-se que houve uma recuperação do rebanho, mas em 2007, essa foi cortada pelo impacto da seca e das erupções vulcânicas que levaram cinzas a essa região. Com a morte dos animais, os preços não foram aproveitados pelos produtores.
Os que mais sofreram as consequências climáticas foram os pequenos produtores da região central, que até hoje buscam soluções para a falta de água na região para potencializar seus campos. Enquanto o campo e os produtores ovinos querem recuperar sua rentabilidade, as empresas da Câmara da Indústria de Lãs da Patagônia solicitaram uma audiência com o ministro da Agricultura da Argentina, Norberto Yauhar, para pedir que interceda no pedido de desbloqueio das importações de lã para, assim, sustentar a produção até que se recupere o rebanho histórico da lã de Chubut.
O Governo de Chubut, através de suas áreas vinculadas à pecuária e à produção, está confiante que o número de ovinos retornará a seus níveis históricos, com quase 5 milhões de cabeças, em um prazo de cinco anos. O Instituto Nacional de Tecnologia Agroalimentar (INTA) considera que, para recuperar os níveis históricos de fertilidade, são necessários nove anos corridos de chuvas e calor, uma vez que, durante a seca, houve redução das crias.
De acordo com a espessura da lã, os preços internacionais oscilam entre US$ 6 a US$ 8 por velo, de acordo com dados do Mercado de Lãs na última semana de maio. Esse posicionamento faz com que o campo de Chubut seja rentável, apesar das complicações.
A reportagem é do Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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