"Interpretando o mal-estar dos produtores e a crítica situação do interior do país, convocamos a suspensão da venda de grãos para a indústria e a exportação, do mesmo modo que a venda de gado bovino em pé", disse o dirigente Carlos Garetto.
Os produtores destacaram que a gota d'água foi o veto parcial de Cristina Kirchner à lei de emergência agropecuária que suspendia impostos sobre as exportações de alimentos em zonas produtoras afetadas pela seca.
Mario Llambías, representante dos pecuaristas, garantiu que as entidades "não apóiam o bloqueio de estradas" promovido por alguns produtores, mas defendem "que haja mobilizações para exigir explicações sobre o que ocorre".
Os choques entre os produtores rurais e o governo são uma constante no governo de Cristina Kirchner desde o início de 2008. Na época, período de alto preço dos produtos agropecuários no mercado internacional, o governo aumentou os impostos sobre exportações, para aumentar a demanda interna e baixar os preços para os consumidores argentinos.
A mudança do sistema tributário proposta pelo governo foi derrotada no ano passado pelo Senado - om o voto decisivo do vice-presidente do país, Julio Cobos - e os impostos voltaram ao patamar anterior.
Neste ano, o cenário se alterou, com a queda dos preço internacionais, em meio à crise financeira global, mas a disputa continuada essencialmente a mesma: a resistência dos produtores a políticas tributárias e de controle de preços do governo.
As informações são da Folha Online, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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