Do total da produção de carne ovina registrada no período, cerca de 70% (22.433 toneladas em equivalente de carcaça com osso) se destinou ao consumo interno, enquanto o restante foi exportado. As exportações no período foram de cerca de 2,89 mil toneladas, o que significa um aumento de 9% com relação ao mesmo período da safra anterior, equivalentes a um valor total de US$ 9,327 milhões. O preço médio de exportação foi de US$ 3.220 por tonelada, representando uma baixa de 38% com relação ao mesmo período do ano anterior.
O principal destino das exportações de carne ovina da Argentina no período de julho-fevereiro da safra de 2007/2008 foi a União Européia (UE), que concentra aproximadamente 85% das mesmas. Os principais países compradores foram Espanha, Grã-Bretanha e Portugal, que representam 60% do total. No entanto, a Argentina exportou carne ovina a diversos países que reabriram seus mercados, como é o caso do Brasil, que em abril do ano anterior reabriu seu mercado para as importações de carne ovina argentina com osso. Casos similares ocorreram em países como Arábia Saudita, Tunísia e Aruba.
A reabertura das exportações ocorreu devido à consolidação da Argentina com o status Internacional em Sanidade Animal em março de 2007 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que ampliou a condição de zona livre de febre aftosa sem vacinação para as províncias de Río Negro e Neuquén, condição que já tinham as outras províncias da Patagônia; e como livre de vacinação o território compreendido desde o Río Negro até a fronteira com o Paraguai e a Bolívia, com exceção da faixa de 15 quilômetros de largura a cada lado da linha fronteiriça, de alta vigilância.
A China, por sua vez, comunicou que desde 30 de novembro passado habilitou a importação de ovinos e subprodutos ou alimentos processados desta espécie proveniente da Argentina e que cumpram com as regulamentações sanitárias chinesas.
Ao status sanitário se agrega a vigência da Lei 25.422, que conseguiu a partir do ano de 2001 uma maior participação da Argentina no mercado mundial, possibilitando ampliar os rebanhos e incorporar as melhoras necessárias para otimizar a produção. Isso permitiu que a Argentina ficasse em 12º lugar na lista dos exportadores de carne ovina, com os primeiros lugares ficando com Nova Zelândia, Austrália e Inglaterra, respectivamente.
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