A Federação Laneira Argentina (FLA) publicou recentemente as estatísticas até 30/06, que informaram que o rebanho ovino do país teve uma queda de 20,83% com relação aos dados anteriores, para 9,975 milhões de cabeças.
A produção estimada de lã suja foi de 44.000 toneladas. O remanescente de uma safra para outra foi estimado em 28.988 toneladas base suja. O consumo da indústria doméstica foi de 3.000 toneladas base suja (6,8%).
Em 2011/12, foram exportadas 22.466 toneladas base limpa, equivalentes a 40.264 toneladas base suja, por US$ 224,781 milhões FOB. Do total, 65,2% foram exportados como tops, 17,54% como lã suja, 9,89% como blousse, 4,98% como lã lavada, 2,20% como subprodutos e desperdícios e 0,18% como fiados.
Os destinos foram: Itália, com 21,4%; China, com 19,3%; Alemanha, com 16,4%; Turquia, com 9,3%; México, com 9,1%; Peru, com 5,3%; Uruguai, com 5%; Taiwan, com 2,1%; Índia, com 2%; Chile, com 1,8%; e outros 11 países, com 8,3%.
As primeiras 5 companhias representaram 71,56% dos embarques, seguidas muito de longe por outras 14 companhias integrantes da FLA.
Hoje em dia, os principais desafios para a indústria exportadora da Argentina são: o escasso prazo de somente 30 dias para pagar as dívidas, que tradicionalmente era de 180 dias, facilitando as habituais vendas a prazo. Além disso, a questão cambial frente a crescentes custos e inflação também influencia. Tudo isso, enfrentando grandes dificuldades atuais para concretizar novas vendas ao exterior, devido às incertezas econômicas globais, mais o habitual recesso de vendas no verão europeu.
Na China, forte motor de negócios laneiros, há também dificuldades devido à redução de pedidos por parte dos varejistas europeus e dos Estados Unidos. Seu crescente consumo interno não chega a compensar essas baixas nas vendas de exportação do gigante asiático.
A reportagem é do www.woolpatagonia.com.ar, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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