Davidson disse aos criadores de ovinos que participaram do evento que a raça Merino tem qualidades que permitem participar em ambos os mercados de carne ovina, o de cordeiros e o de capões. "Quando temos mercados que são tão importantes como acontece hoje em dia, realmente a ovelha Merino é um animal extremamente rentável". Porém, é necessário trabalhar mais e a longo prazo na questão de melhorar as crias do rebanho australiano, onde 75% das ovelhas de cria são Merino ou de base Merino.
Davidson disse que chegou o momento de avançar e começar a utilizar em cada rebanho os valores australianos de cria de ovinos (Australian Sheep Breeding Values - ASBV) - base de dados da produção ovina australiana -, buscando se concentrar na precocidade, massa muscular, moderada cobertura de gordura, menos dobras, caras descobertas e ancas sem lã, assim como resistência a parasitas.
"O bom dos ASBVs é que estão focados nos dados técnicos que têm repercussão positiva nos rendimentos. Está provado que dão resultado e é aí que está o dinheiro. O ruim é que, atualmente, somente 30% dos carneiros Merino são vendidos com dados ASBV e menos de 5% são vendidos com dados de carcaça ASBV".
Davidson disse também que os criadores de carneiros de raças com aptidão para carne para cruzamentos terminais, nos recentes anos, tiveram importantes melhoras em seus dados de carcaça, medindo com dados ASBV.
Davidson também pediu para que nos próximos 10 anos se chegue a vender carneiros Merino indicando, entre outros dados, os ASBV de carcaça, para destacar não somente suas qualidades laneiras, mas também, de produção de carne.
Os dados são do The Land, publicados no site www.woolpatagonia.com.ar, traduzidos e adaptados pela Equipe FarmPoint.
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