O pesquisador sênior do CSIRO, Norm Adams, completou estudos concluindo que as ovelhas Merino com mais lã tendem a ser mais magras e ter menores taxas de reprodução do que os animais com menos lã.
"Esses animais podem ter dificuldade em manter reservas corpóreas sem um fornecimento abundante de comida e, como resultado disso, podem produzir menos cordeiros".
Adams disse que as descobertas de sua pesquisa têm implicações para a produção animal, assegurando a sobrevivência do cordeiro como prioridade. Em períodos em que há escassez de comida, como no outono, as crias das ovelhas mais lanosas não se desenvolvem tão bem quanto as das outras, disse ele.
Uma explicação para isso pode ser que sua energia parece ser destinada ao desenvolvimento da lã ao invés da aptidão física do animal, sua proporção de gordura para músculo e sua capacidade de reproduzir.
"Não se trata de lã versus carne, mas sim, lã versus gordura e capacidade de se reproduzir. Os resultados mostram que se você pressionar muito para a produção, pode prejudicar as chances de reprodução do animal".
Adams disse também que os ovinos com alta variabilidade no diâmetro de sua fibra de lã também tendem a esgotar sua gordura antes do que aqueles com uma lã mais consistente.
Segundo o pesquisador, os produtores de ovinos precisam balancear seu desejo de produzir grandes quantidades de lã com sua necessidade de produzir cordeiros para suprir as demandas dos consumidores modernos.
Adams espera estender a pesquisa para determinar o balanço ótimo entre a produção de lã e a saúde reprodutiva do animal para diferentes ambientes.
A reportagem é do site RuralNews.co.nz.
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