A experiência de parceria foi sugerida pela agroindústria para tentar amenizar o problema da falta de animais para o abate na época de estiagem no sertão baiano. Sem pasto na caatinga, os animais não atingem o peso ideal. Os criadores também deixam de vender e o frigorífico aumenta os custos de produção, porque precisa comprar animais de outras regiões para atender a demanda do mercado comprador de suas carnes. Entre os clientes compradores dos cortes produzidos no Lamm estão conceituados restaurantes e churrascarias de São Paulo, que investem em pratos variados.
Para o confinamento, um cooperado cedeu a área para cultivo de plantas forrageiras. A agroindústria custeou a infraestrutura do local, como a instalação de irrigação, construção do curral, compra de equipamentos e ração, além do pagamento de dois funcionários. Os cooperados participaram da gestão do espaço, que recebeu animais de nove criadores. Lá, os animais permaneceram por sessenta dias até chegarem ao ponto certo de abate.
Foram três abates, entre janeiro e março, totalizando 161 animais. Na hora do pagamento, o frigorífico desconta os custos do investimento no confinamento, dividindo a despesa entre cooperados e cada um paga o equivalente ao número de animais que confinou. "Nessa época de seca, quando o produtor cria animais soltos, a perda é muito grande. No confinamento, essa perda praticamente não existe. Além disso, a venda é garantida", avalia o presidente da cooperativa, Márcio Irivan.
A experiência estimulou o interesse de outros criadores. "De nove, passaremos a contar com a parceria de vinte criadores a partir de agora", conta o sócio-diretor do Lamm, Marcos Malta. Para receber mais animais, a estrutura do confinamento já está sendo ampliada. Os novos animais devem chegar até o fim de março.
Tanto o frigorífico Lamm como os cooperados de Cacimba do Silva recebem apoio institucional do Sebrae e Senar, através do programa Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec), que prioriza a orientação gerencial e a decisão dos componentes tecnológicos com base no produto a ser produzido e sua análise de viabilidade financeira. Para o gestor de projetos do Sebrae, Robério Araújo, "assim como o Vale do São Francisco já é forte na produção de frutas, também será na produção de proteína através das carnes caprina e ovina. O que falta é o ajustamento do sistema de produção e a inserção de iniciativas como essa que sincronizem a produção da caatinga com a contribuição da produção de áreas irrigadas".
As informações são da Agência Sebrae de Notícias Bahia, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Rony lopes
São Domingos - Bahia - OUTRA
postado em 13/08/2012
parabens,a regiao semiarida prescisa de iniciativas como essas.to iniciando um confinamento de carneiros tambem na minha propriedade que fica na regiao do sisal regiao que sofre tambem com as estiagens.queria saber se relmente eh viavel a raçao que tenho aqui eh residuo de sisal,e o concentrado eh com milho soja e sal mineral,mas sao produtos que estao almentando o preço de mais ,quria saber se tem outra raçao que opreço seja viavel.obrigado pela atençao e aguardo qualquer informaçao.